Morre o ator Jack Warden
Morre o ator Jack Warden
Para
quem cresceu vendo Sessão da Tarde nos anos 90, Jack Warden era Big Ben,
o avô de O Pestinha, com suas televendas e seus roncos noturnos. Mas
sua carreira já vinha desde 1951. Warden foi o tenente Haines da primeira versão
televisiva de NYPD, entre 1967 e 1969. E marcou presença no cinema como
o jornalista de Todos os homens do presidente em 1976, no mesmo ano em
que foi indicado ao Oscar de coadjuvante por Shampoo.
Jack Warden tinha 85 anos e morreu na última quarta-feira, em Nova York, de problemas cardíacos e no fígado. Deixa a companheira de longa data Marucha Hinds, a ex-esposa Vanda Dupre, ex-atriz francesa de quem nunca se divorciou oficialmente e com quem era casado desde 1956, um filho, Christopher, e dois netos.
Batizado John H. Lebzelter, Warden largou a escola em Nova Jersey porque se envolvia demais em brigas. Decidiu virar boxeador aos 17 anos, adotou o apelido de Costello, mas logo largou os ringues. Serviu a marinha e o exército dos EUA na Segunda Guerra - e, de volta a Nova York, decidiu virar ator. Seu trabalho na televisão foi bastante profícuo. Graças à atuação no telefilme Brians song (1971), levou um Emmy. Cinco anos depois, recebeu a segunda indicação ao Oscar de coajuvante por O céu pode esperar.
Seu último trabalho, ao lado de Keanu Reeves e Gene Hackman, foi na comédia dramática esportiva Virando o jogo, de 2000. Seu agente, Sidney Pazoff, disse à Associated Press que a idade realmente pesou para Warden. Na memória, segundo Pazoff, fica um homem gentil, que tinha pouco a ver com alguns dos papéis que o celebrizaram: policiais e soldados durões, de voz altiva, pose rígida e, às vezes, coração mole.