Mário Frias deixou o cargo de secretário especial da Cultura na manhã de hoje (31), dando lugar a Hélio Ferraz de Oliveira, que até então era secretário-adjunto do ator. A exoneração foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) e assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
No último dia 12, Frias anunciou sua filiação ao PL para disputar o cargo de deputado federal por São Paulo. O ator ocupava o posto de secretário especial da Cultura desde junho de 2020, quando substituiu Regina Duarte.
Frias deixa a secretaria ainda sob investigação do TCU (Tribunal de Contas da União), por conta de seus gastos durante uma viagem aos EUA em dezembro. O então secretário gastou R$ 39 mil durante estadia de cinco dias em Nova York, supostamente para discutir projetos culturais com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie e representantes da indústria da Broadway.
O TCU abriu a investigação após solicitação da liderança da Minoria da Câmara dos Deputados, a fim de certificar que "a viagem custeada com recursos públicos possuía razões legítimas para existir, atendendo ao interesse público, ou se serviu para atender - às escusas da lei - interesse personalíssimo e privado".
Durante seu mandato como secretário especial da Cultura, Frias foi frequentemente criticado por integrantes da classe artística. O período também foi marcado pelo incêndio na Cinemateca de São Paulo, em julho do ano passado, que muitos artistas atribuíram à negligência do governo.
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