Jim Carrey | Sete filmes imperdíveis com o ator e comediante
Conhecido pelas comédias rasgadas, ator também teve destaque no drama
Créditos da imagem: Divulgação
Impossível ter acompanhado a produção cinematográfica hollywoodiana dos anos 1990 e não ter Jim Carrey como um de seus ídolos.
O ator protagonizou algumas das comédias de maior qualidade – e bilheteria – daquela década, tornando-se figura constante nas telonas quando o assunto era fazer rir.
Embora tenha se consagrado como um especialista no gênero humorístico, ele também buscou diversificar seu currículo por meio de projetos que fugissem a esse lugar-comum.
Algumas dessas incursões deram certo – caso, por exemplo, de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004). Já outras, como a tentativa de enveredar pelo terror psicológico com Número 23 (2007), não foram tão bem-sucedidas assim.
Entre erros e acertos, listamos abaixo alguns dos melhores títulos estrelados por Jim Carrey em seus mais de 40 anos de carreira no cinema. Confira:
O Máskara (1994)
Comédia de enorme sucesso que veio para consagrar o estilo Jim Carrey de fazer rir.
Consolidava-se aí a fórmula que – já testada naquele mesmo ano, com Ace Ventura: Um Detetive Diferente — seria seguida pelo ator em boa parte de seus trabalhos posteriores: situações absurdas e humor escrachado, com direito a muitas caras e bocas, buscando despudoradamente o riso fácil.
O Máskara fez sucesso sobretudo entre as crianças, a ponto de ter sido transformado no ano seguinte em uma série animada, estendida por três temporadas.
Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994)
Foram precisos poucos meses após O Máskara para o público voltar a ver Carrey em outra comédia da mesma linha – e ainda mais exitosa que a primeira.
Desta vez, ele dividiu os créditos centrais com outro humorista de mão cheia, Jeff Daniels, numa parceria tão certeira que voltou a ser repetida duas décadas depois, na sequência do próprio Debi & Lóide.
O Mentiroso (1997)
Carrey voltava a trabalhar com o roteirista Tom Chadyac, responsável por Ace Ventura – e que seria seu parceiro ainda uma terceira vez, em Todo-Poderoso (2003).
Aqui, temos o ator numa faceta mais adulta, mas não menos divertida: um advogado e pai de família. que não hesita em mentir para se dar bem – mas se vê impedido de lançar mão desse recuso fundamental, quando um desejo de aniversário de seu filho (Justin Cooper) acaba dando certo.
O Mentiroso se difere dos dois títulos anteriores pela mensagem de união familiar que o permeia, dando-lhe um tom um pouco mais dramático e emotivo – e tornando-o ainda mais irresistível.
O Show de Truman (1998)
Neste longa de Peter Weir, Jim Carrey faz uma pausa nas comédias escrachadas para usar o humor e a arte como ferramenta de reflexão.
Truman Burbank, seu personagem, passou a vida inteira sem saber que toda sua rotina é parte de um reality show, onde todos a seu redor – incluindo sua esposa Meryl (Laura Linney) e seu melhor amigo, Marlon (Noah Emmerich) – são atores desempenhando um papel.
A mente por trás desse projeto é Cristof (Ed Harris), um obstinado produtor de TV que fará de tudo para manter Truman imerso nesse simulacro – missão que lhe será cada vez mais difícil.
O Show de Truman é considerado, até hoje, um dos melhores filmes de Jim Carrey. Não só foi um imenso sucesso de público e crítica, como furou a bolha dos cinéfilos e chegou a ser temas de estudos e dissertações acadêmicas, por conta de suas alegorias envolvendo religião, psicologia e poder midiático.
Eu, Eu Mesmo e Irene (2000)
Aqui temos Carrey perfeitamente à vontade em seu habitat natural, agora misturado ao road movie – o que torna o filme substancialmente mais interessante.
Ele vive Charlie, um oficial de polícia que é um exemplo de comportamento dócil e conciliador – à distinção de Hank, sua outra personalidade: um homem grosseiro, sarcástico e sem quaisquer papas na língua.
Quando Charlie/Hank decide ajudar uma desconhecida, Irene (Renée Zellweger), a escapar de um ex-namorado criminoso, Dickie (Daniel Greene), uma série de confusões tão absurdas quanto divertidas se inicia para os dois (ou melhor, três) personagens.
Cine Majestic (2001)
O longa de Frank Darabont foi a primeira grande incursão de Carrey pelo drama, após anos emendando comédias no cinema.
Ele interpreta um roteirista da Hollywood dos anos 1950, que perde a memória em um acidente de carro e acaba sendo confundido com um soldado desaparecido na Segunda Guerra Mundial.
Embora a bilheteria de Cine Majestic tenha sido péssima – o filme arrecadou menos da metade de seu próprio orçamento! –, o longa rendeu elogios à performance de Jim Carrey, que provou se sair bem fora do humor.
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004)
O fracasso de Cine Majestic não desanimou o ator de seguir buscando opções fora de sua zona de conforto, levando-a a uma investida, desta vez, totalmente certeira.
Além de uma arrecadação relativamente satisfatória, Brilho Eterno foi amplamente aplaudido pela crítica – chegando a ganhar o Oscar de Melhor Roteiro Original – e entrou para a lista da revista Empire dos 300 Melhores Filme de Todos os Tempos.