Isis Valverde realiza sonho com Quarto do Pânico: "Sempre quis fazer suspense"
Nova versão ainda não tem data para estrear
Créditos da imagem: Kelly Fuzaro/Divulgação
Isis Valverde é uma das principais atrizes brasileiras das últimas décadas. Artista versátil, ela demonstrou seu talento em mais de uma dezena de produções da TV aberta e no cinema, sempre navegando por diferentes gêneros como drama, comédia e romance. Apesar do currículo recheado de sucessos, contudo, ainda faltava um importante gênero em sua carreira, um que, caso ela tivesse a oportunidade de trabalhar, seria a realização de um sonho antigo: suspense.
Quase 20 anos depois de sua primeiro trabalho na TV, Isis finalmente teve a oportunidade de realizar este sonho. O remake de Quarto do Pânico, filme que adapta o longa homônimo dirigido por David Fincher e lançado em 2002, abriu as portas do gênero para atriz. Com Gabriela Amaral Almeida (O Animal Cordial) na direção, a estrela de novelas como Ti Ti Ti, Avenida Brasil e A Força do Querer encabeça um elenco estelar que ainda conta com nomes como Marco Pigossi (Gen V), Caco Ciocler (2 Coelhos) e André Ramiro (Tropa de Elite).
"Eu já fiz praticamente de tudo na minha carreira. Drama, comédia, um pouco de tudo. Mas eu sempre tive o sonho de fazer um suspense e a oportunidade não aparecia", contou Ísis em entrevista exclusiva ao Omelete durante visita no set de Quarto do Pânico. "Quando surgiu a oportunidade de fazer Quarto do Pânico, ainda mais com a Gabriela [Amaral Almeida, diretora do longa], foi uma felicidade. Esse é um projeto realmente de encher os olhos."
Assim como na versão original, o remake de Quarto do Pânico se passará numa casa cujo terreno chega a ser invejável. Grande parte das filmagens ocorreram em uma mansão oitentista localizada no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, com mais de 6 mil metros quadrados. É lá que, na trama do filme, uma mulher (Ísis Valverde) e sua filha (Marianna Santos) precisarão se esconder em um quarto secreto para fugir de três ladrões invasores (Pigossi, Ciocler e Ramiro).
Segundo Ísis e Gabriela, a nova versão de Quarto do Pânico não será uma cópia do original de David Fincher. As duas descrevem o projeto como uma releitura, não um remake, que trará a história para uma realidade mais próxima da sociedade brasileira. Para fugir de spoilers, elas não entraram em detalhes sobre as diferenças na trama, mas asseguraram que as reviravoltas continuarão surpreendendo.
"O original já exisite, não precisamos replicar o que já existe. O que me atraiu [para o projeto] foi esse novo olhar que a Gabriela trouxe para a história. Me interessei por ela desde a primeira vez que li o roteiro", pontuou a protagonista. Já na visão de Gabriela, a trama de Quarto do Pânico tem muito a ver com o Brasil. "Há 20 anos, esse filme representava a decadência da classe média nos Estados Unidos. E a violência urbana é uma realidade de lá agora, mas para nós sempre foi. No cidadão brasileiro ela cresce, nós somos condicionados a ter medo um do outro."
Trabalhar em uma produção de suspense não é o único momento marcante para Ísis Valverde em 2025. Este ano também marcou a estreia de Código Alarum, o primeiro projeto da atriz no cinema norte-americano a chegar aos cinemas no Brasil. No longa, ela teve a oportunidade de atuar ao lado de nomes como Sylvester Stallone (Rocky), Scott Eastwood (Velozes & Furiosos 7) e Willa Fitzgerald (Reacher). Mas enquanto parte da imprensa vê esse movimento como o início de uma carreira tradicional, a atriz tem outra visão.
"Eu vejo como outra carreira, é a mesma que eu sempre tive", destacou Ísis. "A única diferença é que, ao invés de trabalhar em uma produção do Brasil, eu trabalhei em uma produção norte-americana. Então eu não concordo com essa visão de carreira internacional, não. Mas estou muito, muito feliz com esse momento."
Uma históra feminina
No longa original, Jodie Foster e uma ainda jovem Kristen Stewart interpretam a mãe e a filha que se escondem no famigerado quarto do pânico para se proteger do trio de invasores. Foi a oportunidade de trabalhar com uma história com um viés feminino que, de acordo com Gabriela Amaral Almeida, também a atraiu ao projeto.
"Para mim, Quarto do Pânico é o filme mais feminino de Fincher. Me interessam várias questões que estão ali", explicou a cineasta, que também dirigiu o elogiadíssimo O Animal Cordial. "Além dessa violência urbana, é a possibilidade de fazer uma crônica do nosso país, né? Do que essa violência urbana representa para nós."
A ideia de fazer uma releitura de um filme que marcou uma geração e é um dos mais lembrados da filmografia de Fincher, inclusive, foi algo que assombrou Gabriela. "Fazer essa adaptação me assustava, me assombrava, mas no bom sentido. É uma memória que eu carrego comigo. Mas a maneira como Fincher sublinha e lida com alguns temas não me interessava muito. Este projeto é como se você partissse do mesmo ponto de vista, mas sem se repetir. É a mesma fábula, mas com a minha tônica. A história e seus enigmas me interessam mais como enigmas do que como dados."
O remake de Quarto do Pânico é uma produção da Floresta e ainda não tem data de lançamento confirada. Fique ligado no Omelete para saber tudo sobre o filme.