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<i>Simplesmente amor</i>: Omelete entrevista Rodrigo Santoro e Duncan Kenworthy

<i>Simplesmente amor</i>: Omelete entrevista Rodrigo Santoro e Duncan Kenworthy

TT
04.12.2003, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H15

Simplesmente amor
Love actually

Inglaterra, EUA, 2003
Comédia/romance
155 min.


Direção: Richard Curtis
Roteiro: Richard Curtis

Elenco: Hugh Grant, Liam Neeson, Colin Firth, Laura Linney, Emma Thompson, Alan Rickman, Keira Knightley, Rodrigo Santoro, Bill Nighy, Rowan Atkinson, Andrew Lincoln, Billy Bob Thornton



Rodrigo Santoro e Laura Linney em Simplesmente amor

Falar sobre o amor e todas as suas formas, jeitos e causas é a idéia de Simplesmente amor, segunda experiência de Rodrigo Santoro fora dos sets brasileiros. O filme que traz Hugh Grant vivendo o primeiro ministro britânico, é uma produção de Duncan Kenworthy, dirigido por Richard Curtis, a mesma dupla de sucessos como Quatro casamentos e um funeral (1994) e Um lugar chamado Notting Hill (1999). Na tela, várias historinhas de amor paralelas que funcionam como pequenos filmes dentro do filme.

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O encontro de Kenworthy com Rodrigo Santoro aconteceu durante o Festival de Veneza. "Foi lá que assisti ao trabalho dele em Abril despedaçado (de Walter Salles) e fiquei bastante impressionado", lembra o produtor. Mais uma vez, assim como aconteceu em As panteras detonando, o ator brasileiro não representa nenhum estereótipo latino. "Não importava a nacionalidade do ator ou do personagem. O que queríamos era que se tratasse de um estrangeiro mas se formos reparar, em nenhum momento se faz referência a seu país de origem", diz Duncan.

Santoro que este ano só teve motivos para comemorar - sucesso no cinema e na TV - explica que seu papel nada tem a ver com a ponta rápida em As Panteras, em que viveu um surfista-vilão que entrou mudo e saiu calado da história. "Não é um filme de ação e sim, uma história de amor", conta. "Um personagem é um arquiteto que se envolve com uma colega de trabalho e os dois tem de lidar com essa situação e todas as suas dificuldades, além de ter de enfrentar as inseguranças, paranóias e frustrações de cada um". Para tudo isso no entanto, poucas palavras. "São poucos diálogos na tela por isso, precisei imaginar a história de vida dele, seu passado e o encontro com ela. Gosto desse trabalho de introspeção, de trabalhar com expressão facial e corporal além de apenas falar".

O ator compara o tipo de atuação com a que o levou a Hollywood, Abril despedaçado. "É claro que o personagem em si não tem nada a ver um com o outro. Mas a composição deles foi parecida. Em Abril, ele também era um cara que não precisava de muitas palavras". E segundo o produtor, esse foi um dos motivos para a escolha de Santoro para o papel. "Gostamos do trabalho de introspeção que ele fez e era de alguém assim que precisávamos, alguém que soubesse trabalhar sua imagem", lembra.

Brasil - EUA - Inglaterra

Uma das maiores preocupações de Rodrigo Santoro ao aceitar o papel em Simplesmente amor foi ter de lidar com o humor inglês. "Eles tem um humor muito peculiar e, sinceramente, tive medo de não me acertar bem no clima", assume. Mas, a julgar pela descontração do produtor, talvez os ingleses é que tenham precisado se adaptar. "As fãs brasileiras podem aguardar surpresas no DVD", brincou Duncan, referindo-se a uma cena em que o ator aparece apenas de cueca. "Na cena original, ele tirava toda a roupa. Quem sabe não colocamos como extra na versão brasileira do DVD".

Brincadeiras à parte, a passagem pela Europa segundo Santoro, foi importante para sua carreira. "Estamos falando de um profissionalismo e uma estrutura maravilhosa. No Brasil, já trabalhei assim em Carandiru, por exemplo, mas existe uma diferença básica: O cinema brasileiro ainda não é visto como uma indústria. Ainda parece ser feio querer ganhar dinheiro com cinema no Brasil". Ele afirma que a outra diferença com que teve de se adaptar foi a cultural. "nos Estados Unidos também é muito diferente. Aliás, são três culturas distintas e para mim foi muito bom ter contato com elas".

Quanto a novos projetos fora da terra natal, ele se mostra cauteloso. "Leio muitos roteiros, assim como acontece com todo mundo. Mas não tenho nenhum convite por enquanto". O que ele sabe para o ano que vem é que em janeiro, estará iniciando as filmagens de A dona da história, dirigido por Daniel Filho. Para esta adaptação da peça de João Falcão, que também assina o roteiro no cinema, já estão confirmados Marieta Severo, Débora Falabella e Antônio Fagundes nos papeis principais. "Por enquanto, é isso. Quero fazer uma peça também, mas ainda estou estudando o assunto", avisa.

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