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Inesquecível

Novo filme do diretor de quatro filmes da Xuxa

MF
31.05.2007, às 16H00.
Atualizada em 02.11.2016, ÀS 17H01

Inesquecível (2007) é piada pronta. Se houvesse um site nacional como o Rotten Tomatoes, que compila críticas de vários veículos e coloca no ar trechos do que foi escrito, com certeza haveria uma grande quantidade de gente séria dizendo que o filme é, na verdade, "esquecível" ou que "preferiam esquecer os minutos que perderam assistindo ao filme". E eu não culparia nenhuma dessas pessoas, pois é exatamente isso o que penso do sétimo longa-metragem de Paulo Sérgio Almeida.

E para não dizerem que é preconceito meu, atesto aqui que entrei na sala de exibição literalmente sem saber onde estava me metendo. Se soubesse que ele era o mesmo diretor que já havia cometido Sonho de Verão (1990), Xuxa Popstar (2000), Xuxa e os Duendes (2001) e Xuxa e os Duendes 2 (2002) sem dúvida alguma repensaria o ato de atravessar a cidade para ver o filme estrelado por Murilo Benício, Caco Ciocler e Guilhermina Guinle.

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O triângulo formado pelos três atores começa a se formar em Buenos Aires, quando a estilista Laura (Guilhermina) vai a Buenos Aires e conhece o fotógrafo Guilherme Quiroga (Ciocler). Depois de uma noite juntos, ela retorna inesperadamente para o Rio de Janeiro. Atordoado e apaixonado, ele decide também voltar ao Brasil para procurá-la. Antes de começar sua busca, decide passar para ver seu melhor amigo, Diego (Benício), um ator/cineasta que acabara de fazer seu último filme e tem uma surpresa na manga: vai se casar e chama Guilherme para ser o padrinho. A noiva, obviamente, é Laura e este não é o maior caso de coincidência da história, como se verá mais para frente.

O clima entre os três deveria ser tenso, com os amigos se estranhando e a menina no meio, sem saber para que lado correr. Porém, a pouca habilidade de Paulo Sérgio Almeida encobre isso e o que deveria ser dramático vira cômico. Uma comédia involuntária, que a cada cena volta para aterrorizar o público como um pesadelo sem fim.

As atuações caricatas, principalmente de Benício e Guilhermina, se encaixam no estilo (ou na falta dele), cheios de caras e bocas e com os atores falando.... assim... com... pausas... entre... uma... palavra... e... outra, o que não aumenta a carga dramática e ainda acaba com qualquer tentativa de tornar a história real. Ou será que as pessoas... realmente... falam... assim... e... eu... que... nunca... percebi?

E se você acha que acabou, está enganado. Os últimos 20 minutos de projeção entram num looping infinito que mostra o desfecho da relação, que se resolve dentro do cinema, interagindo o filme de Diego com Guilherme e Laura na platéia. Na primeira vez, tudo bem. Na segunda, vai lá. Mas quando vemos pela terceira vez a mesma cena o medo começa a tomar conta. Onde isso vai acabar? Será que teremos que ver o filme inteiro do Diego? Depois disso, você vai entender porque o filme se chama Inesquecível. Pena que a memória que fica é 100% negativa.

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