Imprensa dos EUA relembra filmes com presidentes negros

A chegada de afro-americano à presidência dos Estados Unidos levou a imprensa local a relembrar os diversos momentos em que o cinema e a TV elegeram um negro para o cargo na ficção.

Em O Presidente Negro (The Man), lançado em 1972, um desastre mata o presidente da república e o presidente do congresso, o vice recusa o cargo por problemas de saúde e cabe ao presidente do senado assumir relutantemente o cargo. Interpretado por James Earl Jones, Douglas Dilman se torna o primeiro negro a ocupar o cargo numa época, mesmo durante a contracultura, em que isso seria obra de fantasia.

Embora por acidente, sua chegada à Casa Branca é vista de forma séria, ao contrário da comédia Rufus Jones for President, de 1933, em que Sammy Davis Jr. aos nove anos de idade sonha em ser presidente. Hoje o filme vale apenas pelo talento precoce do artista e não pelos estereótipos que mostra.

Avançando no tempo, Morgan Freeman não mostrou as mesmas dúvidas ao interpretar o presidente Tom Beck em Impacto Profundo, em 1998, e enfrentar o choque de um cometa contra a Terra. Seguindo na ficção científica, onde um sinal de estarmos no futuro era a presença de um negro na presidência dos Estados Unidos, Tommy Tiny Lister foi o presidente Lindberg em O Quinto Elemento.

Chris Rock e Richard Pryor foram dois dos comediantes que usaram a possibilidade de um presidente negro para fazer piada. Como chefe da nação, o personagem de Pryor nada fez para melhorar a imagem de um presidente negro, indicando um membro do grupo Panteras Negras como diretor do FBI. Assim como James Earl Jones, o personagem de Chris Rock se torna candidato à presidência quando o indicado original morre e, surpreendentemente, é eleito em Head of State.

Na TV, Dennis Haysbert é o retrato mais recente de um presidente negro, como David Palmer, que terminou assassinado em 24 Horas e sucedido por seu irmão Wayne, interpretado por D. B. Woodside.

A partir de janeiro de 2009, a ficção vira realidade. Nesse ponto, 2012, o próximo filme de Roland Emmerich (Independence Day), repleto de improbabilidades de ficção científica, ao menos tem um elemento pé-no-chão: o filme terá Danny Glover na Casa Branca.