H.P. Lovecraft celebrado no promissor suspense indie Cthulhu
H.P. Lovecraft celebrado no promissor suspense indie Cthulhu
O mestre do terror Howard Philips Lovecraft (1890-1937) raramente recebeu no cinema uma adaptação à altura da complexidade de seu trabalho. Uma nova tentativa surge agora com Cthulhu, produção indie que o estreante Dan Gildark roda fora do esquema hollywoodiano, mais exatamente em Seattle.
A produção chama a atenção por seu site oficial. Lá é possível assistir a um trailer extenso, promissor, sem narrativa em off ou música invasiva (e com a Tori Spelling de lingerie). No endereço dá ainda para conhecer um pouco da trama, da trilha sonora, acompanhar o blog da produção e conferir os filmes preferidos dos realizadores. Gostar de Tarkovsky e Almodóvar, no caso, não poderia ser melhor sinal.
O esquisito título do filme faz menção aos Mitos de Cthulhu, que Lovecraft trabalhava em seus livros - a grosso modo, uma cosmologia que misturava deidades da Antiguidade, sumérias, egípcias e gregas, com seres extraterrestres. Também conhecido como Os Antigos, esses semideuses deram origem à humanidade e podem muito bem destruí-la.
No filme, um professor de história, Russ (Jason Cottle), retorna para casa no Oregon depois de anos, para realizar os últimos desejos de sua falecida mãe. Não bastasse ter que se confrontar com situações mal resolvidas no passado, Russ descobre que seu pai, agora envolvido num misterioso culto, está tentanto despertar Os Antigos. O tom de suspense e conspiração da prévia sugere que podemos esperar uma mistura de Polanski e Kubrick com O homem de palha - aliás, outra das referências na seção Some of our favorite films.
Cthulhu custou 750 mil dólares, estima o IMDb. Segundo o blog do filme, atualmente ocorrem as últimas filmagens de estúdio, mais a pós-produção, com inserção dos efeitos digitais. Aparentemente, ainda não há acordos de distribuição fechados.