Cena de Hellboy e o Homem Torto (Reprodução)

Créditos da imagem: Cena de Hellboy e o Homem Torto (Reprodução)

Filmes

Entrevista

Hellboy e o Homem Torto apostou em efeitos práticos: “Silicone e lubrificante”

O diretor Brian Taylor falou ao Omelete sobre uma das cenas mais chocantes do filme

Omelete
2 min de leitura
07.09.2024, às 06H00.

Feito com um orçamento de US$ 20 milhões, cifra mais usual para um terror independente do que para uma produção de super-heróis, Hellboy e o Homem Torto não teve opção a não ser “fazer muito com muito pouco”, nas palavras do astro Jack Kesy. Em entrevista ao Omelete, o diretor Brian Taylor deu mais detalhes de como essa economia necessária de recursos fez com que ele se voltasse para os efeitos práticos.

A gente teve que de fato construir as coisas, e isso acabou fazendo com que o filme parecesse mais orgânico, na minha opinião, comentou, apontando principalmente para a cena em que Hellboy (Kesy) e seus companheiros entram na casa de uma bruxa e a encontram vazia - mas, descansando sobre a cama, veem a pele da mulher que procuravam, murcha como um traje de látex, indicando que ela se transformou e “saiu da própria pele”. Eventualmente, a bruxa Cora (Hannah Margetson) retorna pela janela, na forma de um guaxinim, que aos poucos vai “se enfiando” na pele humana e mudando de forma.

Essa cena está nos quadrinhos, daquele jeito que vemos no filme. Como diretor, quando estava lendo, pensei: ou a gente transforma isso em uma cena de CGI muito ruim, ou em uma cena de efeitos práticos muito boa, brincou Taylor. Então é claro que decidimos ir pelo segundo caminho, e foi em um esquema de guerrilha - silicone, lubrificante e uma grande performance da atriz envolvida.

Modéstia à parte, o cineasta ficou pra lá de satisfeito com o resultado arrepiante da cena: Passei muito tempo editando aquela sequência, já a assisti um milhão de vezes. Mesmo assim, quando a revi outro dia, percebi que não sabia onde o látex terminava, e onde o corpo da atriz começava. Acho que ficou bem imperceptível, mesmo que não tenhamos usado nenhum CGI. É a mágica da edição.

Em Hellboy e o Homem Torto, o Vermelhão está em uma missão pela BPRD durante os anos 1950 quando topa com um vilarejo arrasado, mas lotado de bruxas, todas sob o comando do Homem Torto do título. Ao lado da parapsicóloga Bobbie Jo (Adeline Randolph), Hellboy busca libertar os habitantes dessa maldição, e talvez descobrir um pouco mais sobre o seu passado.

Hellboy e o Homem Torto já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

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