Surpreso (e radiante) com os cinco troféus conquistados por seu Chatô – O Rei do Brasil, na cerimônia de entrega do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, na noite de terça (4), no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o ator e diretor Guilherme Fontes vai embarcar numa jornada pop: seu próximo trabalho como realizador será um filme de terror. Em entrevista ao Omelete, o cineasta contou já ter um argumento, de título ainda sigiloso, para uma mistura de horror e humor negro, de linhagem slasher, nos moldes da franquia Sexta-Feira 13, para filmar em cinco semanas, em esquema de baixo orçamento.
“Vai ser um ‘corta-cabeça’, pra consumir não mais do que uns seis meses de trabalho. E, na sequência, pretendo fazer um filme futurista sobre religião”, dizFontes. “Quero abordar o futuro do protestantismo no Rio de Janeiro. Mas aí será um projeto maior, de mais tempo”.
Consagrado com o prêmio de melhor roteiro adaptado por Chatô, que levou cerca de 18 anos para chegar às telas, envolto em um penoso processo judicial, Fontes agora celebra não só a vitória do filme, como a chance de poder se estabelecer na direção.
“Tudo o que eu queria com o Chatô era virar um diretor... e consegui, mesmo com as pessoas me estimulando a finalizar o filme como estava, dizendo ‘Tá bom assim!’, e não me animando a fazê-lo do jeito que eu queria: com o máximo de qualidade”, diz Fontes, comemorando a atual carreira do longa na grade do Netflix. “Quero agora estabelecer uma obra como diretor na qual um filme meu seja diferente do outro”.
