O músico Damon Albarn revelou à revista belga Humo (via Pitchfork) que o filme do Gorillaz na Netflix foi "permanentemente suspenso". Segundo o líder da banda (no mundo real), a produção foi vítima de cortes e de mudanças na equipe.
"A plataforma de streaming para a qual estávamos fazendo o filme se retirou", afirmou. "Eles começaram a entrar em pânico porque estavam produzindo muito conteúdo e decidiram cortar a oferta de filmes. E, como sendo uma prática clássica de Hollywood há décadas, o cara com quem trabalhávamos mudou para outra empresa".
Fontes da Pitchfork alegam que o projeto não chegou a avançar muito. Na realidade, ele teria parado no estágio de desenvolvimento do roteiro. Albarn, por sua vez, não entrou nesse mérito. Apenas disse que desde a saída do "cara", a situação ficou mais difícil. "Desse momento em diante, você perde seu anjo da guarda. [...] Hollywood é bastante territorial: se um cara novo vem, ele precisa ter e terá uma opinião diferente, mesmo se secretamente concordar com seu predecessor".
Embora o filme tenha sido anunciado oficialmente apenas em 2020, o Gorillaz queria fazê-lo desde 2002. A ideia era se aprofundar na história épica dos personagens e da sua música, algo que Albarn descreveu como "uma história um pouco obtusa que só às vezes faria algum sentido".
Segundo o músico, porém, o cancelamento levou a banda a trabalhar no que viria a ser seu novo álbum, Cracker Island, que será lançado nesta sexta-feira (24).
O último álbum do Gorillaz foi Song Machine Season One: Strange Timez, de 2020. Na ativa desde 2001, o projeto coleciona hits como "Clint Eastwood", "Feel Good Inc." e "Dare".
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