EXCLUSIVO: Omelete entrevista Kate Bosworth no México

Quando o Érico Borgo esteve nos sets de filmagem do Superman, na Austrália (leia aqui), ele já havia relatado que Kate Bosworth, apesar da sua pouca idade (tem apenas 22 anos), já era uma "experiente" atriz quando o assunto era dar entrevistas - fato que pude comprovar pessoalmente nas entrevistas do elenco no México. Mas confesso que tomei um susto quando a vi pessoalmente. Ela estava magérrima e com os cabelos quase brancos, de tão claros, completamente diferente da intrépida repórter Lois Lane que nós vimos na telona. Méritos para ela e para o Bryan Singer, que conseguiram fazer esta transformação. Voltando ao bate-papo que rolou lá na Austrália, um dos assuntos que surgiu por lá era sobre a sua relação de sorte com o Brasil... veja porque ela gosta tanto do nosso país tropical:

Você falou que estava no Brasil quando sua agente te ligou para dizer que tinha conseguido o papel da Lois. Como foi isso?

Kate Bosworth: Na verdade, eu estava indo para o aeroporto para pegar o avião para o Brasil, então acho que é um país que me deu sorte.

Você estava em férias?

Isso. Era o fim do ano e eu estava indo passar três noites no Rio de Janeiro e depois fui pra Bahia passar duas semanas. Foi ótimo!

Foi bom para a Charlize Theron também, que antes de ganhar seu Oscar passou por lá...

Ah é? Eu devia ir mais vezes vezes, então... (risos)

Margot Kidder era mais velha que você quando interpretou Lois, mas você consegue dar ao papel a maturidade que ele precisa. De onde veio isso?

Eu achava que o papel pedia isso. Há uma diferença entre interpretar uma menina de 16 anos e uma mulher de 30. É uma estrutura diferente.

Qual a diferença da sua Lois Lane para as outras encarnações do personagem?

Há várias diferenças no papel. Quando li o roteiro, já estava lá que ela era mãe e o fato do Superman ter sumido por cinco anos, sem dar explicações, o que acabou despedaçando o coração da Lois. Acho que o que eu tirei disso é que ela seria mais introvertida, menos aberta e caótica. E acho que ela tinha muita coisa na sua vida antes e tinha que ser mais focada e pé no chão.

E como foi interpretar uma mãe?

[Kate abre um sorriso] Foi ótimo! Eu já tinha feito uma mãe no meu último trabalho, que eu fiz com Kevin Spacey, Uma vida sem limites (Beyond the sea, 2004). Não era mãe o tempo todo, apenas em alguns pedaços do filme. Desta vez, isso era uma parte importante da sua vida. Eu estava meio nervosa no início, afinal, eu não sou mãe e isso é algo que se ficar falso não funciona. Eu tive sorte com o Tristan, que fez o papel do filho. Nós nos demos muito bem e ficou fácil criarmos esta relação entre mãe e filho que realmente deu certo.

Todo mundo fala sobre como Bryan Singer comandava tudo. Como era o dia-a-dia lá?

Era ótimo! Ele criou este equilíbrio incrível que permitia aos atores e equipe técnica sentir que estávamos em mãos capazes. Ele sabia o que queria e o que estava fazendo desde os menores detalhes até as coisas mais importantes. E ao mesmo tempo ele era muito acessível. Eu podia falar com ele a qualquer momento da filmagem.

Voar foi o mais difícil?

Há diferentes formas de voar. Havia o vôo romântico com Brandon, que era meio desconfortável por causa dos fios. Mas para mim, as partes mais difíceis foram a seqüência na água, no final, e a cena do avião, no começo do filme.

Você já tem contrato para mais dois filmes, né?

Não sei se vamos fazê-los ou não, mas tenho contrato, sim.

Você disse na Austrália que leu alguns gibis durante as filmagens. Tem lido algo de lá pra cá?

Eu costumava folhear alguns gibis que eles tinham lá no set, mas nunca fui realmente fanática. Eu não cresci lendo. Acho legal, mas não é algo que eu faça sempre.

Mas você lembra de algum título específico que tinha lá?

Eram apenas gibis do Superman.

E o Brandon, é mais Clark ou Superman?

Para ser sincera, ele é uma mistura dos dois. Ele tem esta enorme confiança, como o Superman, e é meigo como o Clark Kent.

Especial Superman