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Eu Me Chamo Elisabeth

Atriz-mirim tem louvável atuação em drama de crescimento

Érico Borgo
03.05.2007, às 16H00
ATUALIZADA EM 04.05.2017, ÀS 21H03
ATUALIZADA EM 04.05.2017, ÀS 21H03

É um pouco estranho que um drama de passagem, sobre crescimento e mudanças, seja estrelado por uma menina de 10 anos. Soa um tanto precoce. Mas a atriz-mirim Alba Gaïa Kraghede Bellugi dá um show de talento nato em Eu Me Chamo Elisabeth (Je m’appelle Elisabeth), levando a produção francesa com enorme competência.

Na trama, passada na década de 1940 no interior da França, uma garotinha assustada vive com seus pais e irmã numa mansão ao lado de uma clínica psiquiátrica. O pai é diretor do local e se vê às voltas com o sumiço de um dos pacientes, justamente enquanto luta para manter o casamento. Deixada praticamente sozinha durante o dia, apenas na companhia da babá deficiente mental, a pequena Betty (Bellugi) certo dia encontra o fugitivo escondido na cabana ao lado de casa - e passa a cuidar dele. A relação se torna seu segredo mais íntimo e a única coisa pela qual ela tem controle em meio às difíceis mudanças de sua vida.

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O diretor Jean-Pierre Améris sabe como levar o drama sem apelar ao sentimentalismo, usando doses leves de suspense. Sua intenção não é fazer chorar, mas que o público compreenda a menina e a acompanhe na difícil tentativa de entender e encontrar seu lugar no mundo dos mais velhos.

O final é um pouco destoante, até um tanto convencional e piegas (sobe a música, sobe a câmera...), mas é rápido o suficiente para que a produção termine com saldo positivo, especialmente pelo trabalho do elenco, que inclui Yolande Moreau e Benjamin Ramon como os dois convincentes deficientes e Maria de Medeiros no papel da mãe de Betty.

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