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DVD: <i>O incrível Hulk - Como a fera nasceu</i>

DVD: <i>O incrível Hulk - Como a fera nasceu</i>

JA
07.07.2003, às 00H00.
Atualizada em 10.11.2016, ÀS 05H06
O incrível HULK
Como a fera nasceu
4 ovos!
Cadê os
extras?!

De todos os DVDs que pipocaram no mercado com o frissom causado pelo novo longa do Hulk, sem sombra de dúvida, o obrigatório é O incrível Hulk- Como a fera nasceu. Perfeita ocasião para os mais saudosos recordarem-se (agora com som e imagem perfeitos) do clássico programa protagonizado por Bill Bixby e Lou Ferrigno.

Nada das patetadas que foram os últimos longas nos quais o Verdão enfrentou outros heróis dos quadrinhos. Aqui é possível ver o porquê do sucesso do antigo seriado, que emplacou cinco temporadas entre os anos 70 e 80: seriedade no tratamento das histórias.

Para alegria dos fãs, num só disco temos o episódio-piloto, de 1977 e outro longa-metragem: Casado (1978) que, ao contrário do está sendo divulgado, não é o segundo filme da série (este foi Morte em família), o que não diminui sua importância. É interessante notar que, passados mais de 25 anos, ambos os filmes não perderam o frescor. Sem dúvida, o figurino, fotografia e trilha sonora são datadíssimos, provocando até risos involuntários. Porém, ambos os filmes são um bom programa para quem quiser conhecer o Hulk antes dos efeitos digitais.

O filme-piloto

Esqueça a origem das HQs. As semelhanças são mínimas.

Tudo começa com um enorme flashback (com uma melosa música romântica a la anos 70) no qual Banner (Bill Bixby) e sua mulher vivem um casamento feliz, que acaba em tragédia. Ela morre num acidente de carro. Ele não teve forças para retirá-la do carro em chamas. No presente, Banner trabalha como cientista num instituto onde pesquisa sua obsessão desde o acidente: pessoas que, em situações de extremo perigo, demonstraram força sobre-humana. Um dos casos, inclusive, era semelhante ao seu, mas com final feliz.

O indignado Banner descobre que, em todos os casos pesquisados, havia uma incidência maior de raios gama na atmosfera e que, as pessoas que demonstravam força descomunal tinham uma estranha química em seu corpo que reagia à radiação. Para seu assombro, ele mesmo tinha essa química, em proporções muito acima dos demais. Todavia, nada ocorreu quando mais precisou.

Irado, decide se submeter a uma dose maciça dos tais raios. Aí é que o filme começa.

O experimento não dá certo e a raiva de Banner cresce. Adivinhe, então, o que acontece quando ele tem que trocar um pneu furado em meio a uma tempestade. A cena talvez seja a melhor seqüência de transformação de todo o série.

À solta, a criatura leva um tiro ao tentar salvar uma garotinha (referência descarada a uma cena clássica do filme Frankenstein) que fugia assustada do mostrengo. Este fato chama atenção do repórter pentelho Jack Macgee, que invade o laboratório onde Banner trabalha com a bela Dra. Elaina Marks (Susan Sullivan). Lá, os dois tentam conter a criatura numa câmara pressurizada, sem resultado, outra boa seqüência. Sem querer, MacGee causa um acidente que explode o laboratório. Ao ver o verdão carregando o corpo da médica para longe das chamas, conclui que matou o casal de cientistas e batiza a fera de Hulk nas manchetes do tablóide National Register. Dado como morto, Banner parte em busca da cura de sua maldição e tem início o seriado.

Escrito e dirigido por Kenneth Johnson, também o produtor, este é o mais atípico dos filmes do programa. Com a preocupação de situar a trama em um contexto menos fantasioso, o resultado foge completamente das HQs. Fixa-se apenas na idéia de um homem atormentado por seu drama psicológico e faz do Hulk um Monstro de Frankenstein moderno. Ainda assim, não deixa de ser uma boa releitura dos gibis, compatível com o orçamento limitado de um telefilme. Com certeza, foi muito mais madura do que as demais séries de super-heróis do período: Homem-Aranha, Capitão América, Capitão Marvel, Mulher Maravilha... todas um festival de cafonices. Mesmo envelhecido (computadores com fitas de rolo, carros e roupas descoladas são atração à parte), o filme se sustenta em sua trama regada a suspense básico. Afinal, não há aventura alguma. Só o drama.

Lou Ferrigno ainda estava bastante cru em sua interpretação da fera, fazendo as caretas mais tolas de toda sua carreira. Por sinal, ele usava uma peruca horrível, que só perdia para a maquiagem capenga e exagerada. É possível, às vezes, notar a tinta desbotada nas mãos do monstro.

Casado

Este na verdade é um episódio duplo, do começo da segunda temporada. Foi transformado em um longa chamado The bride of incredible Hulk, referência clara ao clássico A noiva de Frankenstein. Aqui todos os clichês do seriado já estavam estabelecidos, principalmente sua tendência ao melodrama, ainda não enraizada no piloto.

Novamente sob a batuta do diretor Johnson, Banner viaja ao Havaí em busca da Dra. Caroline Fields, uma médica que emprega hipnose para tratar de seus pacientes. Acontece que ela sofre de uma rara doença degenerativa e tem apenas semanas de vida. A esperança reside, então, no metabolismo acelerado do monstro. Para tanto, por meio de hipnose, ambos tentam aprisionar o Hulk na mente de Banner em algumas divertidas cenas onde o cientista e a criatura se defrontam cara a cara, bem ao estilo dos quadrinhos.

Por fim, Caroline e o fugitivo apaixonam-se e casam-se. Pelo visto, o Dr. Banner tinha uma queda por louras... mas, como o Hulk só traz problemas, prepare o estoque de lenços. Afinal, desde quando o Verdão se dá bem?

Este episódio também tem importância pelo fato da atriz Mariette Hartley ter ganho o Emmy de melhor atriz por sua interpretação da Dra. Fields. Com isso, O incrível Hulk foi o primeiro seriado de ficção científica a conquistar o prêmio numa categoria não-técnica; algo raro ainda hoje.

E os Extras?

Só pelos episódios este já é um DVD mais do que obrigatório. No entanto, não leva a nota máxima por causa da fraca dublagem - deveriam ter recuperado a boa dos anos 70. Há ainda um deslize gritante nas legendas: traduz-se, no episódio Casado, o nome do livro Dr. Jeckyll e Mr. Hyde como O médico e o louco. É mais do que notória a tradução como o Médico e o monstro.

Coisas assim, até se toleram. Imperdoável mesmo é que a versão brasileira deixou de fora os principais extras da americana: introdução da série por Lou Ferrigno, comentários em áudio de Kenneth Jonhson, , além de prévias do novo Hulk, com comentários de Ang Lee, Eric Bana e Jennifer Connely. Uma pena. Um DVD caprichado assim merecia trazer mais informações. O consumidor tem de se contentar com trailers de The Hulk e legendas em japonês.

Seja como for, agora é torcer para que lancem outros bons episódios pois, desde que o seriado deixou de ser exibido na Rede Globo (ainda nos anos 80), todas as emissoras que se aventuraram a reprisar Incrível Hulk, não passaram da segunda temporada, deixando muita coisa boa apenas no limbo da memória.

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