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A quarta aventura do Capitão Kirk (William Shatner) e cia. para o cinema é uma das mais populares entre os fãs e conseguiu a proeza de agradar até aos que não acompanham Jornada. Com uma temática ecológica envolta em um tom cômico, e Leonard Nimoy (o Spock) na direção pela segunda vez (ele havia dirigido Jornada nas Estrelas III), o filme rendeu mais de US$ 100 milhões e tornou-se um dos maiores sucessos da franquia. A história é um clássico. Para melhor entendê-la é preciso lembrar que no filme anterior a USS Enterprise foi destruída, o que obriga a tripulação a retornar à Terra em uma nave Klingon que havia sido capturada na tentativa de salvar Spock e trazê-lo de volta à vida. Isso os coloca contra as ordens da Frota Estelar em uma verdadeira insurreição. Agora, Kirk e sua tripulação têm de voltar ao ano de 1986 para levar duas baleias corcundas, espécie extinta no futuro, ao século 23, e assim evitar a destruição da Terra por uma misteriosa sonda alienígena.
A graça do filme está em colocar os personagens futuristas, inclusive um (Spock) alienígena, em plena San Francisco do século 20, com punks, ônibus, uso de dinheiro e metáforas pitorescas, ou seja, palavrões! As cenas históricas são muitas. Scotty (James Doohan) e McCoy (o falecido DeForest Kelley) em uma fábrica ensinando ao proprietário como criar alumínio transparente (e se perguntando depois se não alteraram a linha temporal fazendo isso), o russo Chekov (Walter Koenig) sendo preso por espionagem a bordo de um porta- aviões norte-americano, Sulu (George Takei), o piloto da Enterprise, no comando de um arcaico helicóptero, Spock, com as orelhas pontudas encobertas, fazendo uma inusitada união de mentes com uma baleia, além do relacionamento nada convencional entre Kirk e uma bióloga contemporânea e a súbita aparição da nave Klingon sobre um navio baleeiro, evitando assim a captura das futuras salvadoras da Terra e evocando os ecologistas do Greenpeace.
Sem nenhuma batalha espacial, o filme cativa pela química entre os atores e a história bem intencionada que mostra todo o potencial de Jornada nas Estrelas. Um grande presente aos fãs é a faixa de comentários, devidamente legendada, em que Leonard Nimoy e William Shatner, que viria a dirigir Jornada nas Estrelas V, comentam o filme. É a primeira vez que os dois maiores ícones da série iniciada nos anos 60 dividem uma faixa assim em um DVD. Nimoy, vale lembrar, estará no Brasil em outubro para participar de uma convenção de fãs em São Paulo.
Os discos
O primeiro disco conta com o filme e as faixas de comentários, que trazem também informações curiosas por parte de Michael Okuda, responsável por muitos livros de referência da série, como a Star Trek Encyclopedia. O som e imagem estão excelentes e os menus imitam o centro de comando da Frota Estelar. Quanto aos extras, o segundo disco traz especiais sobre a possibilidade de viagem no tempo, linguagem das baleias, bastidores do filme, trailer de cinema, entrevistas com os atores, tomadas alternativas e uma homenagem a Mark Lenard, versátil e talentoso ator que fez o pai de Spock, Sarek, e que faleceu em 1996. A única coisa que podemos reclamar é a falta das cenas que foram cortadas da edição final, mas talvez a Paramount nem as tenha mais em arquivo.
Compre o DVD e divirta-se com a época em que Jornada nas Estrelas estava em seu auge. Pena que o próximo filme da série para o cinema após este foi uma tremenda decepção, mas Jornada nas Estrelas V - A Última Fronteira merecerá uma devida análise em outubro, quando ganhará seu DVD especial por aqui. Por enquanto, viaje ao século 23 em uma nave Klingon carregada com duas baleias que significam o futuro da Terra... e a chance de redenção para Kirk.
Saiba mais sobre Jornada nas Estrelas visitando o Trek Brasilis.
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