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Documentário sobre System of a Down vira libelo contra massacre armênio

Documentário sobre System of a Down vira libelo contra massacre armênio

LM
20.10.2006, às 00H00.
Atualizada em 18.11.2016, ÀS 20H03

Tudo começou com uma idéia simples: um documentário sobre o System of a Down. Mas ao manter contato com os integrantes da banda - todos descendentes de sobreviventes do genocídio armênio promovido pela Turquia entre 1915 e 1923 - a diretora do filme, Carla Garapedian, percebeu que o projeto estava se tornando algo bem maior, muito mais interessante e por que não dizer, histórico.

Em Screamers, Garapedian acompanha o System of a Down na turnê que passou pelos Estados Unidos e pela Europa, e também aborda o assunto do genocídio, verdadeira pedra no sapato da Turquia, que tenta desesperadamente entrar para a União Européia, mas se nega a admitir o massacre de 1,5 milhão de armênios praticado em suas terras. Este acontecimento inclusive teria dado a idéia a Hitler de que não haveria problema em exterminar judeus. Ao ser perguntado como ele pretendia sair incólume de tal atrocidade, respondeu: Quem se lembra dos armênios?.

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O filme de Garapedian enfoca principalmente a recusa em se admitir o genocídio por parte dos governos que o praticaram - ainda que no passado - e questiona por que os Estados Unidos sempre preferiram se manter neutros, assistindo à carnificina sem intervir, a não ser quando a situação já chegou a níveis insustentáveis, em que é constrangedor e impossível fechar os olhos.

O System of a Down contribuiu com sete músicas para o filme, que tem estréia na mostra do American Film Institute, o AFI Film Festival, e chega aos cinemas estadunidenses no dia 08 de dezembro.

Ainda sobre cultura e história, vale lembrar a recente premiação do escritor turco Orhan Pamuk, defensor da causa armênia, com um Nobel de Literatura. A premiação de Pamuk é uma clara declaração de apoio à liberdade de expressão. O escritor é uma das poucas pessoas que ousa questionar o status quo na Turquia, e por esse motivo vem sendo perseguido pelo governo local. Pelas leis do país, insultar as instituições ou a identidade turca é crime punível com cadeia.

Em entrevista concedida a uma revista suíça, Pamuk fez a seguinte declaração: Um milhão de armênios e 30 mil curdos foram mortos nestas terras, mas ninguém, além de mim, ousou falar do assunto. O escritor é autor de Meu Nome é Vermelho, Neve, lançamento previsto para dia 24 de outubro, e Istambul, que deve sair em 2007.

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