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Créditos da imagem: Disney/Divulgação

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CEO da Disney fala sobre financiamento a lei anti-LGBTQIA+

Bob Chapek prometeu doar US$5 milhões a instituições favoráveis à causa e diz que conversará com governador da Flórida sobre projeto “Don’t Say Gay”

Omelete
2 min de leitura
09.03.2022, às 18H40.

Após causar a revolta de fãs, funcionários e acionistas por seu posicionamento em relação às doações do estúdio feitas a políticos favoráveis a um projeto de lei LGBTQIAfóbico, o CEO da Disney, Bob Chapek disse que a companhia vinha “trabalhando nos bastidores” para convencer senadores da Flórida a vetar a lei. “Entendo que nossa abordagem inicial, mesmo bem intencionada, não foi efetiva”, afirmou o produtor, que prometeu ainda doar US$5 milhões a instituições de apoio à causa LGBTQIA+ e se comprometeu a conversar com o governador da Flórida, Ron DeSantis, para discutir a lei (via Deadline).

Após a Disney ser repudiada publicamente por funcionários e pelo Sindicato da Animação, Chapek afirmou que a empresa sempre foi contrária ao projeto, batizado de “Don’t Say Gay” (“não diga gay”, em inglês), mas que agora tomará publicamente uma posição mais dura contra sua aprovação. Segundo o produtor, essa nova postura do estúdio se estenderá por todos os Estados Unidos como forma de impedir que outras leis que interfiram com os direitos humanos sejam aprovadas.

Acompanhado de funcionários da Disney, Chapek deve se encontrar com DeSantis nos próximos dias para discutir o efeito prejudicial que a lei “Don’t Say Gay” teria na juventude queer da Flórida e dos EUA como um todo.

Entenda o caso

O projeto “Don’t Say Gay” circula atualmente no estado norte-americano da Flórida e tem como objetivo proibir que escolas e professores reconheçam a existência de pessoas LGBTQIA+. Além disso, a lei impõe que alunos queer que confidenciem suas identidades a professores sejam expostos aos pais ou responsáveis, tirando do aluno a escolha de quando e como se assumir publicamente.

Em 3 de março, foi revelado que a Disney apoia financeiramente lobistas do projeto. Como resposta, o CEO Bob Chapek afirmou em comunicado que “entende a importância que esse assunto tem para nossos funcionários LGBTQ+”. O estúdio, no entanto, não abriu mão das doações ao projeto, dizendo que o maior impacto que a empresa pode ter na criação de “um mundo mais inclusivo é através do conteúdo inspirador que produzimos”.

A fala de Chapek, assim como a manutenção do financiamento à uma lei homofóbica, levou funcionários da Disney, como o roteirista Benjamin Siemon (Ducktales), Dana Terrace (A Casa Coruja), Bill Motz (Operação Big Hero: A Série), Sascha Paladino (Mira, A Detetive do Reino) e mais a repudiarem publicamente a empresa e seu CEO.

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