Diretor comenta o que deu errado no primeiro Silent Hill
Diretor comenta o que deu errado no primeiro Silent Hill
Há dois dias, o diretor
francês Christophe Gans
(O
pacto dos lobos) disse que retornaria para dirigir a continuação
de Terror
em Silent Hill, adaptação para as telonas do excelente
game de survival horror do PS1. Ele comentou que pretende corrigir
as falhas do primeiro filme - agora ele diz quais foram.
Segundo Gans, o estúdio lhe deu bastante liberdade - especialmente porque o projeto custou apenas 14 milhões de dólares - mas impôs elementos que desequilibraram o filme. O marido, o personagem de Sean Bean, deveria aparecer somente no começo e no final do filme. Mas os executivos estavam com medo de fazer um filme sem um homem protagonista - daí, as cenas com Bean foram inseridas no meio da história, cenas essas que eu nunca achei úteis, diz.
O diretor defende que os momentos com o marido aliviavam a tensão, baseada na alternância subjetiva de dia e noite dentro de Silent Hill. Para Gans, as cenas com Bean deveriam ficar reservadas ao DVD. Um filme não deveria ter ficado com duas horas de duração. Para encaixar as cenas dele [Bean] precisei trabalhar mais rápido e substituir partes longas por outras menores. E o estúdio pensa em quantidade: cada personagem é analisado em função de uma audiência em particular. No caso, o personagem de Christopher serve para que os homens da platéia não se sintam desencorajados por um filme protagonizado por uma mulher... Coisas da indústria.
Criticado por muitos, Silent Hill não foi um vexame na bilheteria. Empatou seu custo de produção apenas com os dólares das bilheterias nos EUA e rendeu mais alguns trocados ao redor do mundo. Daí a continuação, de será provavelmente dirigida por Gans e roteirizada por Roger Avary.