Quinta 12, Sexta 13: 10 filmes de terror para o Dia dos Namorados

Heart Eyes: Terror à Primeira Vista

Onde ver: Disponível para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV.

Com dois protagonistas gatos e carismáticos (Mason Gooding e Olivia Holt), este slasher foi lançado em fevereiro nos cinemas dos EUA, para comemorar o Dia dos Namorados - ou Valentine’s Day - deles, e acabou chegando ao Brasil só nas plataformas digitais… mas bem a tempo do nosso. Heart Eyes não reinventa a roda do subgênero, mas é um exemplar deliciosamente competente dentro dele, com certa energia maníaca por trás das câmeras que só pode ser atribuída ao diretor Josh Ruben, um ótimo comediante (fãs do College Humor/Dropout bem sabem) que tem se provado também um cineasta afiado. É a mistura perfeita de horror e rom-com para a semana que junta essas duas datas emblemáticas do calendário. - Caio Coletti

A Noiva de Frankenstein

Onde ver: Disponível somente em mídia física.

Até monstros anseiam pelo amor. Em A Noiva de Frankenstein, tudo o que a Universal queria era ganhar uns trocados em cima da popularidade do Frankenstein de James Whale, um fenômeno de bilheteria em 1931. O cineasta tinha outros planos, é claro - extrapolando algumas sentenças do livro de Mary Shelley, Whale criou um dos maiores clássicos do terror surtado da história do cinema, fundado na ânsia desmedida de seu monstro titular por uma parceira que o aceite como ele é. O diretor deixa seu filme escapar por vertentes cada vez mais bizarras, e guarda a aparição operática da Noiva para os últimos minutos de tela… mas, quando ela chega, é um baque do qual nenhum casal de cinéfilos vai conseguir se recuperar. - Caio Coletti

A Noiva de Chucky

Onde ver: Disponível somente em mídia física.

Marcando a virada definitiva da franquia de Don Mancini para o território da comédia, A Noiva de Chucky nos apresenta também àquela que é, argumentavelmente, a melhor personagem criada pela saga: Tiffany Valentine, vivida pela indefectível Jennifer Tilly, uma trapaceira tão sedenta por sangue quanto Chucky, que termina este filme presa no corpo de uma boneca - exatamente como seu antigo amante. Com a direção dinâmica de Ronny Yu, pescado do cinema de Hong Kong para Hollywood, este bom exemplar do charme capenga e metaficcional de Chucky de quebra ainda introduz um casal que é, se dúvida nenhuma, de matar. - Caio Coletti

Drop: Ameaça Anônima

Onde ver: Disponível para aluguel e compra no Prime Video, Apple TV e Google Play.

Sabe a sensação de tentar começar um relacionamento novo depois de sair de outro, que te deixa com cicatrizes – quer interiores ou exteriores – e o quão difícil isso pode ser? De maneira divertida e intensa, Drop: Ameaça Anônima encena isso através de um date que é atrapalhado de toda maneira possível, e que acaba virando uma grande metáfora (às vezes óbvia demais) sobre o quão difícil é reiniciar a vida romântica depois de passar por uma relação horrível. - Guilherme Jacobs

O Corvo

Onde ver: Disponível somente em mídia física.

A estética gótica/proto-emo e a tragédia da morte de Brandon Lee durante as filmagens marcam muito o legado deste filme de 1994, mas a verdade é que O Corvo é também um épico romântico pintado em tintas de horror sobre um homem que deseja, acima de tudo, vingar a memória de sua amada. O diretor Alex Proyas estabelece com rapidez o romance condenado de Eric (Lee) e Shelly (Sofia Shinas), a fim de partir para as explorações estéticas violentas que lhe interessam mais, mas mesmo assim o espectro dessa relação paira por cima de O Corvo o tempo todo. Uma escolha temperamental, mas de qualidade, para o Dia dos Namorados ou a Sexta-Feira 13. - Caio Coletti

Garota Infernal

Onde ver: Disponível para streaming no Disney+.

Fracasso comercial e crítico que acabou - merecidamente! - vingado pelo tempo como clássico cult, esta comédia de horror de 2009 deita e rola nas implicações psicossexuais e pop de sua trama sobre uma colegial popular (Megan Fox) que se torna um monstro devorador de garotos após uma experiência traumática com uma banda satanista. Tão boa como sessão da meia-noite trash quanto como história sincera sobre a codependência das amizades femininas - e, vá lá, até estudo de políticas de gênero adolescentes -, o filme dirigido por Karyn Kusama e escrito por Diablo Cody estava destinado mesmo a se tornar um favorito revisões de sextas 13… mas também há um toque de romantismo deturpado em sua relação central. - Caio Coletti

Primavera

Onde ver: Disponível somente em mídia física.

Evan (Lou Taylor Pucci) parte em viagem pela Europa após a morte da mãe, que convalesceu por anos sob os cuidados do filho. Numa cidadezinha no litoral da Itália, ele conhece Louise (Nadia Hilker), uma mulher misteriosa que captura a sua imaginação, seja pela beleza enfeitiçante ou pelos segredos sombrios que pode esconder. A dupla de diretores Justin Benson e Aaron Moorhead (antes de serem recrutados pela Marvel para fazer Cavaleiro da Lua, Loki e Demolidor: Renascido) imprime sua marca de horror dramático atmosférico nesta história de um amor avassalador, que renova a perspectiva de um rapaz que se acostumou a ver somente morte ao seu redor. - Caio Coletti

Midsommar: O Mal Não Espera a Noite

Onde ver: Disponível para aluguel e compra no Prime Video, Google Play, YouTube e Apple TV.

De acordo com Ari Aster, o objetivo de seu filme de terror situado inteiramente na luz do sol era reproduzir a sensação do término turbulento de um namoro. O que aconteceu para que ele transformasse essa experiência numa história profundamente perturbada sobre dependência, luto e as mentiras que contamos uns pros outros (e para nós mesmos), só podemos especular. O fato é que Midsommar: O Mal Não Espera a Noite combina o horror e o (fim do) romance de um jeito bizarro, criativo e infinitamente magnético. Um clássico do hall da fama de filmes que nos fazem dizer: bom pra ela. - Guilherme Jacobs

Nosferatu (2024) / Drácula de Bram Stoker

Onde ver Nosferatu: Disponível para aluguel e compra no Prime Video, Apple TV e Google Play.

Onde ver Drácula: Disponível para streaming na Max.

Duas adaptações do livro de Bram Stoker – uma que coloca o título do autor do nome e outra que reimagina o filme que, lá atrás em 1922, adaptou o romance sem autorização da família – que entendem o cerne dessa história como o desejo. Seja ele intenso, tóxico, erótico ou assustador, Nosferatu e Drácula localizam na ânsia pelo corpo (e alma) de quem não podemos ter o combustível para assustar e ensaiar a tragédia. Não estamos dizendo que concordamos com os métodos dos vampiros em suas buscas centenárias por alguém que os preencha, mas… quem nunca? - Guilherme Jacobs