Da frigideira: As Crônicas de Narnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Da frigideira: As Crônicas de Narnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
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Acabamos de sair da exibição para a imprensa de As Crônicas de Narnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Como já estávamos falando do filme há muito tempo, nada mais justo do que tecer uns comentários rápidos sobre o que vimos. É apenas um aquecimento para a crítica de verdade, que entra no ar junto com a estréia do filme nos cinemas. A este tipo de texto, costumamos dar o nome de Direto da Frigideira. ;-)
Não dá nem para dizer que estou decepcionado, pois o longa se mostrou apenas aquilo que se esperava dele. As crônicas de Narnia é a tentativa da Disney de entrar no filão das adaptações literárias e assim tirar o atraso que tem em relação a franquias de sucesso como O Senhor dos Anéis e Harry Potter.
Não à toa, o filme tem personagens que se equivalem aos que vemos nas duas séries acima. É impossível não comparar as batalhas das franquias, ou então fazer um paralelo entre a Feiticeira Branca e a Galadriel e achar que o trem que leva as crianças para longe de Londres é um cover do Expresso Hogwarts.
Tudo bem que o livro escrito por C. S. Lewis (1898-1963) no qual o filme se baseia é de 1950, ou seja, trata-se de um precursor do gênero, não um plágio. Mas isso não muda o fato que, no cinema, ele nasce atrasado, sem grandes novidades.
Além disso, apesar de ser feito com a ajuda de empresas do naipe de ILM (Star Wars) e Weta (O Senhor dos Anéis), alguns efeitos especiais simplesmente não funcionam e passam a impressão de que não houve tempo para um melhor acabamento. Na cena em que as crianças andam em direção ao encontro do leão Aslam, com uma montanha ao fundo, o chroma key está visivelmente mal recortado. Como se não bastasse, as atuações mirins ficam bem abaixo da média e não ajudam na criação de Narnia como um Universo possível.
O estilo Disney de superação, drama fácil e infantilizado pode até funcionar para algumas pessoas, mas também deve decepcionar muita gente. Principalmente os mais exigentes.
Aguarde a crítica completa na próxima semana e um artigo especial sobre a WETA.
