C.S. Lewis era absolutamente contrário à adaptação de As crônicas de Nárnia
C.S. Lewis era absolutamente contrário à adaptação de As crônicas de Nárnia
Depois
de conferir As crônicas de Narnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa,
o Omelete atesta que o diretor Andrew Adamson (Shrek 2) não poderia ter sido mais fidedigno em relação ao material original,
o livro infantil concebido por Clive Staples Lewis (1898-1963). O autor,
porém, era absolutamente contrário à adaptação.
O jornal inglês The Guardian teve acesso a uma carta que C.S. Lewis escreveu em 18 de dezembro de 1959 a um produtor da BBC, Lance Sieveking, que na época produzia uma versão radiofônica de O sobrinho do mago, cronologicamente a primeira Crônica de Narnia. No manuscrito, que vem a público só agora, o autor aprovava o texto no rádio, mas deixava claro seu desgosto em relação a adaptações visuais.
O temor de Lewis, também expressado em outras cartas escritas pouco antes da morte de sua esposa, Joy, era a incapacidade de criar seres mistos de bichos e humanos de verdade. Animais antropomórficos, quando tirados da narrativa e tornados visíveis, sempre se transformam em algo bufão ou num pesadelo. Um [leão] Aslam humano, de pantomina, seria para mim uma blasfêmia, redigiu. Uma versão animada, frisa, seria diferente.
A carta permaneceu em posse do filho de Sieveking, Paul, editor-fundador da revista Fortean Times, até a sua morte, em 1972. Ela vem agora a público por mão da viúva de Paul, Val Stevenson, que a publicou no site literário que ela edita, Nthposition.com. Obviamente, C.S. Lewis não levava em conta o que a computação gráfica pode fazer hoje em dia...
A adaptação dirigida por Andrew Adamson (Shrek 2), tem lançamento mundial previsto para 9 de dezembro de 2005.
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