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Filmes
Crítica

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out abraça o terror com Josh O’Connor perfeito

Novo suspense de Rian Johnson fecha (primeira?) trilogia de Benoit Blanc com chave de ouro

Omelete
4 min de leitura
07.09.2025, às 07H00.
Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out abraça o terror com Josh O’Connor perfeito

Poucos são os cineastas que trabalham em produções multimilionárias hoje em dia e podem bater no peito para afirmar que criaram uma franquia do zero. Uma que faz sucesso de público e crítica então, menos ainda. Rian Johnson - amado e odiado pelos fãs de Star Wars - conseguiu essa proeza com Entre Facas e Segredos. Depois do filme de 2019 ser indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original e arrecadar mais de US$ 300 milhões no mundo todo, a Netflix correu para fechar um acordo e levar as histórias de mistério de Benoit Blanc para o streaming. Se o primeiro filme era um tabuleiro de Detetive em live-action, o segundo, Glass Onion, mexia com CEOs, corporações bilionárias e adicionava a pandemia na trama, com máscaras e negacionistas. Vivo ou Morto, o terceiro “Mistério Knives Out”, busca no terror e na fé a grande motivação para o novo whodunnit.

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A história coloca Benoit Blanc (Daniel Craig) em uma pequena cidade, investigando a morte de um padre (Josh Brolin) nada popular entre seus fiéis. A trama envolve a chegada de um assistente (Josh O’Connor), que o padre acredita querer seu lugar na paróquia. Além dos dois, claro, há sempre um grupo peculiar de suspeitos. Aqui ele envolve: um médico recém-separado (Jeremy Renner), um youtuber (Daryl McCormack) e sua irmã (Kerry Washington), uma jovem violoncelista com uma doença que causa dores intensas (Cailee Spaeny), uma beata (Glenn Close) e um escritor em crise (Andrew Scott). Durante a apresentação do filme no Festival de Toronto, Rian Johnson disse ter mudado sua inspiração para esse novo filme, passando das histórias de Agatha Christie para os mistérios do Padre Brown, de G.K. Chesterton.

Johnson repete seu talento em construir roteiros afiados e ligeiros, sem deixar que a fórmula pareça batida pela terceira vez. É interessante que, com a franquia bem estabelecida, o diretor pode se dar ao luxo de tomar um bom tempo para apresentar todos os personagens principais, antes mesmo da estrela da história - Blanc - de fato dar as caras. É uma longa teia que vai sendo tecida, apresentando cada um deles a partir da visão do novato que chega à cidade. O mesmo vale para o relacionamento do novo padre com o Monsenhor Wicks (Brolin) e as pistas de seu passado.

Quem sai favorecido dessa história é Josh O’Connor. O ator que brilhou em 2024 com Rivais, e estrela esse e mais dois filmes em 2025, não perde tempo em roubar para si o grande destaque de Vivo ou Morto. Johnson coloca o ator para trabalhar diversas facetas do padre: o gentil com os fiéis, o traumatizado, com um passado obscuro que o fez entrar para a igreja, e claro, o questionador do atual pároco. É um show do início ao fim, da calmaria ao desespero. Tudo melhora ainda mais quando Daniel Craig finalmente aparece. O questionamento de Blanc em relação à fé é prato cheio para diálogos cheios de deboche e comparações blasfêmicas entre os dois. Craig está cada vez mais à vontade e os maneirismos de Blanc, que foram elevados com o cenário luxuoso do segundo filme, aqui voltam a ficar mais parecidos ao primeiro filme. A aura macabra do crime ajuda a conter o detetive, mas sem nunca perder o charme e o humor de suas tiradas.

Aliás, Johnson aproveita o cenário carregado da igreja para desfilar o melhor visual da franquia até aqui. O uso do contraste e da luz controlada, imitando o sol através dos vitrais da igreja, é de cair o queixo. O diretor ainda abraça o macabro e coloca elementos de terror - slasher e psicológico - no terço final da história, dando mais força para a longa conclusão do caso. É um trabalho impecável de direção de arte, design de som e trilha sonora, que volta a ser assinada por Nathan Johnson, responsável pelos dois filmes anteriores.

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out é mais uma comprovação do talento de seu diretor e roteirista como um criador de histórias. A diversão é peça fundamental da franquia. As referências pop estão lá - a piada com Scooby-Doo é hilária - e temas atuais seguem pautando os personagens que rodeiam a trama. Tudo funciona perfeitamente dentro do que Rian Johnson se propõe a criar, como se cada um dos filmes de Benoit Blanc fosse uma peça de artesanato única, feita com o maior cuidado possível. Não é para qualquer um chegar ao terceiro filme com tanta qualidade assim. Esse grande mistério, Johnson, Craig e O’Connor, agora, conseguiram desvendar.

Nota do Crítico

Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out

Wake Up Dead Man

2025
141 min
País: EUA
Direção: Rian Johnson
Roteiro: Rian Johnson
Elenco: Daniel Craig, Andrew Scott, Josh O'Connor, Glenn Close, Jeremy Renner, Kerry Washington, Josh Brolin
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