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Crítica

O Sexto Dia | Crítica

Schwarzenegger em pele de Dolly

ÉB
08.01.2001, às 00H00.
Atualizada em 05.11.2016, ÀS 09H01

Em "um futuro mais próximo do que você pensa", Arnold Schwarzenegger é Adam Gibson, pai de família, ex-combatente (clichê em filmes de ação) e dono de uma companhia especializada em esportes radicais. Aprovado por um rígido esquema de segurança, consegue um contrato no dia de seu aniversário para levar em seu helicóptero ultra-equipadão o magnata Michael Drucker (Tony Goldwyn) até as montanhas para a prática de snowboarding. Ao voltar para casa, Gibson leva um choque a ver sua família cantando parabéns a você para niguém mais, ninguém menos que ele mesmo! Começa aí uma busca para descobrir os responsáveis pela aberração que tomou conta da sua vida e os motivos porque o fizeram.

Em um primeiro instante, a premissa de O Sexto Dia (The 6th Day, 2000), é altamente baseada em pesquisas científicas verdadeiras sobre clonagem. Dolly, a ovelha mais famosa da história, é citada logo no comecinho do filme (em uma bem feitinha seqüência de abertura) como o pontapé inicial no processo que culminou na lei que proíbe terminantemente a clonagem de seres humanos no planeta. Já peixes, gado, plantas e até animais de estimação podem ser clonados facilmente, graças a pesquisas realizadas pelo grupo Replacement Technologies.

As falhas conceituais do filme aparecem quando intrincados processos científicos são banalizados e simplificados ao extremo. Clonagens são realizadas em apenas 2 horas sobre matrizes brancas, modelos (já crescidos) sem características genéticas definidas. Absurdo. Qualquer criatura, mesmo as mais simples, possuem códigos genéticos! Não estaria mencionando isso (afinal, procurar lógica desse nível em filmes de ação - The Matrix à parte - é besteira) se o filme não tentasse passar o tempo todo num questionamente pseudo-filosófico sobre os perigos e ética na clonagem. Seu maior erro.

Colocando de lado tudo isso, a produção é bem bacaninha. O diretor Roger Spottiswoode, que já dirigiu Arnold em True Lies, manteve o ator no padrão de sempre: distribuindo porradas (nada muito coreografado, claro), descarregando tiros laser, explodindo edifícios, falando frases piegas de impacto e até que bem convincente nas cenas de cotidiano familiar.

Enfim, apesar do desperdício de potencial, O Sexto Dia é certamente MUITO superior ao último filme de Schwarzenegger, O Fim dos Dias (End of Days, 1999), mas ainda assim anos-luz de distância do ótimo Total Recall de 1990.

 

Omelete Recomenda

Nota do Crítico

Regular
Érico Borgo

O Sexto Dia

The Sixth Day

2000
123 min
Ficção Científica
País: EUA
Classificação: 14 anos
Direção: Roger Spottiswoode
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Rapaport, Tony Goldwyn, Michael Rooker, Sarah Wynter, Robert Duvall, Wendy Crewson, Taylor-Anne Reid, Andrew McIlroy, Alexandra Castillo
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