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Crítica

As Palavras | Crítica

Drama com ambição de ser um novo As Horas não tem meias... palavras

MH
22.11.2012, às 18H40.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H49

Hollywood pode ser muito impiedosa às vezes quando cria seus character actors - atores marcados por determinados perfis de personagens. Bradley Cooper, por exemplo, é enxergado como um potencial galã que ainda não conseguiu estourar sozinho na bilheteria (só dividindo espaço com outros protagonistas em Se Beber, Não Case!), e ele acaba marcado por isso.

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As Palavras (The Words) é mais um filme que coloca Cooper no papel de um talento frustrado. Se em Sem Limites (2011) ele fazia um aspirante a escritor que alcança fama e fortuna quando recorre a uma nova droga, que expande o potencial do cérebro, agora ele faz outro aspirante a escritor, também cheio de promessas e sonhos, mas que só conquista o mundo quando recorre ao plágio.

As Palavras é basicamente uma versão de Sem Limites sem senso de humor, o que fica evidente no começo, com a trilha sonora angustiada de Marcelo Zarvos já plenamente estabelecida, sem perder tempo, no melhor estilo Philip Glass. Rory (Cooper) não quer decepcionar a namorada (Zoe Saldana), urge em honrar a dívida que acumula com as mesadas do pai (J.K. Simmons)... Quando Rory acha um romance datilografado sem dono, dentro de uma bolsa velha, parece que a única alternativa é mesmo assumir a autoria da obra-prima e pensar nas consequências depois.

Além da música ininterrupta, os roteiristas e diretores Brian Klugman Lee Sternthal tomam vários desvios e estufam o discurso para dar a seu filme - que no fundo é só um conto moral sobre conviver com os atos que cometemos - uma cara de romance-de-fôlego, como aquele que Rory tanto sonha escrever. O filme lembraria um pouco Meia-Noite em Paris na sua metalinguagem e nos seus passeios no tempo pela Europa, se sua estrutura grandiloquente de boneca russa não tivesse tanto a ver com As Horas - que foi musicado por Glass, a propósito.

Há uma prepotência implícita nesses títulos "definitos", as horas, as palavras... Obras com nomes assim pretendem dar conta de todo um universo - uma ambição legítima; não se fazem grandes filmes com modestas intenções -, mas a queda pode ser proporcional à altura. As Palavras tem um ótimo elenco (Cooper fica pequeno do lado de Jeremy Irons, o que acaba combinando com a história) a serviço de uma lição sem meios termos, como se para fazer Arte fosse preciso antes carregar cadáveres na guerra ou passar anos cultivando flores.

As Palavras | Trailer

As Palavras | Omelete entrevista Bradley Cooper e o diretor Brian Klugman

As Palavras | Cinemas e horários

Nota do Crítico

Regular
Marcelo Hessel

As Palavras

The Words

2012
23.11.2012
96 min
Drama
País: EUA
Classificação: 12 anos
Direção: Brian Klugman, Lee Sternthal
Elenco: Bradley Cooper, Zoe Saldana, Jeremy Irons, Dennis Quaid, Olivia Wilde, J.K. Simmons, John Hannah, Željko Ivanek, Ben Barnes, Michael McKean, Nora Arnezeder, Ron Rifkin, Gianpaolo Venuta, Liz Stauber, Keeva Lynk
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