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O Sarcófago Macabro | Crítica

O sarcófago macabro - 30a. Mostra Internacional de Cinema

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05.10.2006, às 00H00.
Atualizada em 22.02.2017, ÀS 14H08

O sarcófago macabro
Brasil, 2006
Comédia - 52 min

Direção: Ivan Cardoso
Roteiro: Ivan Cardoso

Elenco: Carlo Mossi, Tony Tornado, Wilson Grey, Luisa Mariani, Julio Medaglia, Felipe Falcão, Jane Silk, Orlando Drumond.


Ivan Cardoso e Carlo Mossi

Classificando os arquivos secretos da segunda Guerra Mundial, um agente da CIA depara-se com um dossiê que relaciona uma pobre múmia egípcia e um cientista louco brasileiro como membros de uma rede de espiões nazistas. Eles são responsáveis pela fuga de vários carrascos do terceiro Reich para a América Latina, fantasiados de múmias e a bordo de confortáveis sarcófagos. Essa sinopse só significa uma coisa: o mais novo filme do mestre do terrir Ivan Cardoso. O Sarcófago Macabro (2006) foi o destaque da sessão da meia-noite (tinha que ser nesse horário) no cinema Odeon de uma sexta-feira nublada. Mas apesar de ter sido exibido no cinema, é um telefilme sobre seres enfaixados. O assunto parece ser uma obsessão na carreira de Ivan Cardoso. Ele lançou O Segredo da Múmia em 1982 que arrebatou 1,3 milhão de espectadores. Segundo o próprio Ivan, será uma tremenda tirada de sarro com tudo o que se fez na TV e nos subprodutos cinematográficos dos anos 90 para cá: Garanto que vai ser um samba do crioulo albino.

O novo projeto tornou-se viável depois que o diretor ganhou um prêmio de R$ 200 mil reais no concurso de apoio à realização de obras cinematográficas e telefilmes de baixo orçamento promovido anualmente pelo Ministério da Cultura. O filme tem como protagonista a lenda viva das pornochanchadas brasileiras: o ex-galã Carlo Mossy, que faz o agente da CIA. A produção ainda conta com Wilson Grey no elenco. Mas peraí? O Grey não morreu em em 1993? Sim, mas na mente maluca beleza do Ivan tudo é possível. Ele aproveitou imagens de arquivo do inédito O Lago Maldito, longa que ele nunca concluiu e que foi rodado nos anos 70. Nesse filme, Grey vivia o cientista louco Expedito Vitus, que desperta uma múmia egípcia de seu sono ancestral na busca do elixir da vida. Cardoso garante que essa idéia foi uma forma de homenagear um ator que se entregou de corpo, alma e carisma ao cinema brasileiro: Wilson Grey foi um retrato em carne e osso do cinema nacional’’.

As imagens de Grey foram mescladas com outras de documentários sobre a 2ª Guerra Mundial, de Hitler e outras sandices. A única parte filmada foi a do escritório da CIA com Carlo Mossy. Outros atores que também participam são Tony Tornado (na pele de um Ministro da Defesa dos EUA parecidíssimo com o Secretário de Estado americano Colin Powell) e Orlando Drumond (como um sacerdote do Egito antigo).

Mas e o telefilme, funciona? Infelizmente não. Ivan utiliza durante os 52 minutos de duração a narração de Roberto Maya (outro que também fez pornochanchadas) com as cenas documentais e as filmadas. Ele satiriza as imagens nazistas, mas por mais que as falas de Maia sejam engraçadas, depois de 5 minutos fica cansativo. Até porque o texto é mais anárquico do que humorístico. Falta ritmo. Um outro desperdício é não aproveitar todo o carisma de Carlo Mossy. Ele passa o filme inteiro fazendo caras e bocas lendo o tal diário nazista. As únicas cenas que se salvam são quando ele interage através de pesadelos com o sacerdote do Egito. Mas são tão parcas  que deixam o espectador frustrado.

A produção foi pensada e realizada antes de Um Lobisomem na Amazônia, filme que foi exibido no festival do Rio 2005, mas que ainda não chegou ao circuito. Segundo Ivan, o filme deve ser lançado em fevereiro de 2007. No caso de O Sarcófago Macabro faltou verba. Mas fico imaginando o quanto seria engraçado ver Mossy enfrentando as múmias nazistas. Fica para a próxima.

Nota do Crítico

Regular
Mario "Fanaticc" Abbade

O Sarcófago Macabro

O Sarcófago Macabro

2005
Comédia
País: Brasil
Classificação: LIVRE
Onde assistir:
Oferecido por

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