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Crítica

Mulher Infernal | Crítica

Alcança seus melhores momentos quando segue a cartilha dOs Três Patetas

MH
01.03.2002, às 00H00.
Atualizada em 08.11.2016, ÀS 04H09

Em certo momento de Mulher Infernal (Evil Woman/Saving Silverman, de Dennis Dugan, 2001) a personagem Judith, acorrentada numa garagem empoeirada, consegue rir, esquecer a sua situação dramática enquanto assiste aos Três Patetas na TV. A referência aos gênios do humor físico é breve, mas significativa – resume precisamente todo o objetivo do filme. Um exemplar típico da atual comédia adolescente, Mulher Infernal abusa das piadas grosseiras, dos palavrões e da conotação sexual. Mas, assim como as histórias quase circenses de Moe, Larry e Curly, alcança os seus melhores momentos com as gags, as estapeações, os tombos e as confusões.

Steve Zahn, Jack Black e Jason Biggs, três dos comediantes jovens mais promissores e requisitados da indústria, representam segundo a ordem consagrada dos “Patetas”. À moda de Moe, o líder Wayne Lefessier (Zahn) organiza as coisas. Avoado e atrapalhado, Darren Silverman (Biggs) remete a Larry. Estabanadíssimo, como o hilariante Curly, J. D. McNugent (Black) incumbe-se da maioria das bobagens. No enredo, os três, inseparáveis, compartilham a sua idolatria por Neil Diamond (representado por ele mesmo), astro da música romântica nos anos 60. Apenas um detalhe atrapalha a alegria do trio: a falta completa de atrativos físicos. Desde a infância até a puberdade, nunca tiveram sucesso entre as mulheres.

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Tudo muda quando Silverman conhece a deslumbrante Judith (Amanda Peet). Ambos se apaixonam. A relação, porém, altera a rotina do grupo. Judith revela-se uma megera. Além de odiar Neil Diamond, proíbe o namorado de encontrar os amigos. Bons companheiros, os outros dois decidem ajudar o sofrido parceiro. A cena descrita no início do texto exemplifica bem o que ainda virá. Comandado com competência em seu princípio pelo diretor Dugan – responsável pela comédia O paizão (Big Daddy, 1999) –, Mulher infernal peca no desfecho pela recaída sentimental, dramática. Perde o pique ao tentar ser mais sério. Se mantivesse o ritmo de pastelão, se efetivamente seguisse as regras dos Três Patetas, terminaria coroado como uma diversão descompromissada de primeira linha.

Nota do Crítico

Bom
Marcelo Hessel

Mulher Infernal

Saving Silverman

2001
93 min
Comédia
País: EUA
Classificação: 14 anos
Onde assistir:
Oferecido por

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