Filmes

Crítica

Jurassic World | Crítica

Filme revisita temas e fórmula do longa de 1993 e usa computação gráfica para atualizar a franquia

10.06.2015, às 15H42.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H40

É com um senso de reverência que Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros chega aos cinemas, com diversos momentos que homenageiam o filme de 1993, da trilha sonora a uma disposição literal para a nostalgia. Esse respeito serve, antes de mais nada, como uma espécie de desculpa, porque o longa do diretor Colin Trevorrow basicamente refaz o filme de Steven Spielberg e atualiza cenários e dinossauros com muita computação gráfica.

Seja nas dinâmicas entre os personagens ou nas viradas do clímax, tudo em Jurassic World serve de releitura e de apresentação da franquia para uma nova geração. Estão lá os irmãos pequenos que se perdem no parque, está também a tensão amorosa entre os protagonistas Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, e uma combinação de vilões, do militar ao técnico mal intencionado.

A própria trama revisita a premissa do original, com cientistas que "brincam de Deus" e modificam animais geneticamente para se adequar aos seus propósitos - desta vez, o propósito mercadológico não é botar o parque para funcionar (o Jurassic World já está ativo há anos neste filme) mas criar dinossauros mais ferozes para manter o interesse do público que já se acostumou com as atrações jurássicas.

Surge então o Indominus Rex, híbrido que toca o terror no parque e torna este filme mais próximo dos longas de horror de multidão como o recente Piranha do que os terrores mais íntimos de Spielberg, como Tubarão. A multiplicação dos animais é possível via computação gráfica, que combinada com bichos animatrônicos nos close-ups gera criaturas visualmente competentes. Embora Jurassic World seja uma mistura de remake e continuação, é das sequências que ele toma sua regra de ouro: tudo sempre mais e maior.

Resta aos humanos performar papéis que, em nenhum momento, fogem dos estereótipos que lhes cabem. Nesse sentido, Jurassic World é muito parecido com o livro de Michael Crichton que deu origem à franquia: cabe aos homens de força, como um bom caçador, proteger as fêmeas e se impor sobre os outros machos. Em Jurassic World, o mundo dos homens não é tão diferente assim do reino dos animais.

Nota do Crítico
Bom

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.