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Crítica

Jogo de Espiões | Crítica

O mundo da espionagem deixou de ser charmoso e glamouroso como em outros tempos

MH
19.07.2002, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H13

Por mais que James Bond ganhe novas e atualizadas missões nas telas, o mundo da espionagem já deixou de ser charmoso e glamouroso como em outros tempos. Filmes como o verossímil O Alfaiate do Panamá (The Tailor of Panama, de John Boorman, 2001) ainda conservam aqueles agentes de ternos finos, metidos em cassinos, mas a crueza e a hostilidade da profissão sobressaem em filmes como Jogo de Espiões (Spy game, 2001), de Tony Scott, diretor competente de policiais e de thrillers, como Maré vermelha (Crimson tide, 1995), Inimigo do estado (Enemy of the state, 1998) e o clássico Top gun - Ases indomáveis (Top gun, 1986).

Os vilões clássicos, mais exóticos e insanos do que propriamente nocivos, dão lugar a políticos mesquinhos e a milicianos suicidas. Drinques envenenados? Que nada. Assassinatos de ditadores e até negociações com terroristas entram na nova pauta. Tiroteios, em meio à Guerra Civil do Líbano, substituem aquelas missões nos Alpes ou no Caribe, mais parecidas com roteiros de férias. E agentes conhecidos por todos, de grande renome e identidades supostamente secretas, agora abrem espaço ao verdadeiro jogo dos espiões: a ordem diplomática vale mais do que a vida de um único peão.

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A trama de Jogo de espiões começa de maneira angustiante. Acusado de espionar uma penitenciária na China, Tom Bishop (Brad Pitt), um agente da CIA, acaba preso e condenado à morte. Como a direção da agência desconhece os motivos do intento de Bishop, a negociação da libertação passa por sérios obstáculos burocráticos. Prestes a se aposentar, Nathan Muir (Robert Redford), o mentor do espião, acaba intimado pela CIA a explicar o ocorrido - enquanto Bishop dispõe de apenas 24 horas de vida. Assim, em longos flashbacks, a trama retorna ao treinamento de Bishop e à sua relação com Muir. Paralelamente, o mestre estuda um meio de resgatar seu pupilo.

Anteriormente, Robert Redford e Brad Pitt apenas haviam trabalhado juntos em Nada é para sempre (A river runs through it, 1992), quando o primeiro dirigiu o segundo, ainda desconhecido. Portanto, Jogo dos Espiões vale a pena pelo talento do veterano e pelo clima entre os astros, professor e aprendiz também fora da tela, como reconhece Pitt. E também, o filme é exemplar pela ação e pela tensão crescente, por fugir da estética artificiosa de um 007 e por mostrar como são hostis os meandros da espionagem. Claro, ainda existem alguns resquícios, como o fascínio dos agentes por belas mulheres. Mas explicar essa questão seria entregar um pouquinho da história...

Nota do Crítico

Bom
Marcelo Hessel

Jogo de Espiões

Spy Game

2001
115 min
Ação
País: Inglaterra, EUA
Classificação: 18 anos
Direção: Tony Scott
Elenco: Robert Redford, Brad Pitt, Catherine McCormack, Stephen Dillane, Larry Bryggman, Marianne Jean-Baptiste, Matthew Marsh, Todd Boyce, Michael Paul Chan, Garrick Hagon, Andrew Grainger
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