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Velozes e Mortais | Crítica

<i>Velozes e mortais</i>

MF
29.04.2004, às 00H00.
Atualizada em 18.11.2016, ÀS 16H02

Velozes e mortais
Highwaymen, 2003
Canadá
Ação - 80 min.

Direção: Robert Harmon
Roteiro:
Craig Mitchell e Hans Bauer

Elenco: James Caviezel, Rhona Mitra, Frankie Faison, Gordon Currie, Colm Feore

Duplamente oportunista o lançamento de Velozes e mortais (Highwaymen, de Robert Harmon - 2004). Primeiro pelo nome que ganhou por aqui, uma alusão fácil à franquia Velozes e Furiosos (Fast and Furious), estrelada por Paul Walker. Segundo, e principal, por lançá-lo agora, que seu protagonista Jim Caviezel está num dos filmes mais vistos do ano, Paixão de Cristo (The passion of the Christ, de Mel Gibson).

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Quando entrou em cartaz nos cinemas da América do Norte, seu o título era Highwaymen (algo como "Os homens da autoestrada") e Caviezel nem aparecia no pôster. Só quem estava na peça publicitária era a bela Rhona Mitra e seu algoz, um carro Eldorado verde de 1972. E pensar que ela (com o perdão da expressão) entra de carona na história, nem é a personagem principal...

Na verdade, o protagonista é Ronnie (Caviezel), que começa a fita vendo sua esposa sendo atropelada propositalmente e começa então sua caçada ao homem que executou tal barbárie, Fargo (Colm Feore). A disputa entre os dois lembra muito as perseguições de Encurralado (Duel - 1971), filme que lançou Steven Spielberg. Há também pitadas de Velocidade Máxima (Speed, de Jan de Bont - 1994), principalmente pela presença da mocinha Molly (Rhona Mitra), que se assemelha bastante a Sandra Bullock.

Com o tempo descobrimos os motivos que tornaram Fargo neste frio assassino cujo carro é uma extensão de seu corpo e que utiliza seu veículo como arma letal e foge sem deixar muitas pistas, mesmo parando para pegar um souvenir. Sua motivação não é tão crível quanto a sede de vingança de Ronnie, mas se Hollywood já inventou tantos serial killers despropositados, por que não um homem-máquina que vê prazer em passar por cima de mulheres indefesas?

Das atuações, fica quase impossível fazer julgamentos, já que o filme á baseado quase que 100% na adrenalina vinda da combustão feita nos motores dos carros. Mas Caviezel mostra que, depois de ressucitar ao terceiro dia, seria um bom Justiceiro (Punisher), talvez até melhor do que o Thomas Jane. Chega até a ser engraçado como os dois personagens são semelhantes: perderam a família, fazem justiça com as próprias mãos, não confiam na polícia...

Velozes e mortais vem no vácuo do já citado Velozes e Furiosos, que também trouxe na rabeira Furia em duas rodas (Torque) e A perseguição (Joy ride), de quem compartilha a referência spielbergiana. Como é fácil de se prever, o filme está longe de ser considerado uma obra de arte. Quem conseguir entrar no clima de suspense e ação até vai conseguir se divertir com a tensão criada. E se serve de incentivo, a fita é realmente tão veloz quanto mortal. Em apenas 80 minutos, há corpos e carros voando para todos os lados. Nada que se compare ao sangue derramado nas já famosas 12 horas finais de Jesus Cristo filmadas por Mel Gibson, mas o descomprometimento bíblico torna esta fita muito mais palatável.

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