Monge à Prova de Balas | Crítica
<i>Monge à prova de balas</i>
![]() |
||||
|
||||
![]() |
||||
![]() |
||||
Antes de ficar conhecido pela sua participação em O Tigre e o Dragão (Wo hu cang long, de Ang Lee), Chow Yun-Fat já havia feito alguns filmes em Hollywood, mas era famoso mesmo no oriente. Entre seus principais sucessos estão Alvo duplo (Ying huang boon sik, 1986), The Killer - O Matador (Die xue shuang xiong, 1989), Rajadas de fogo (Zong heng si hai, 1990) e Fervura máxima (Lashou shentan, 1992), todos eles dirigidos por John Woo ainda em Hong Kong. Passada uma década, o ator agora está dividindo os créditos de O monge à prova de balas (Bulletproof monk) com Seann William Scott, que ficou conhecido por participar da trilogia American Pie e ter feito dupla com Ashton Kutcher em Cara, cadê meu carro? (Dude, where´s my car?, de 2000).
O filme, baseado nas histórias em quadrinhos publicadas nos anos 1990 pela Flypaper Press, é uma mistura de estilos e idéias. Segundo a lenda, existe um pergaminho sagrado que guarda o segredo da juventude eterna. Sabendo de tal artefato, um comandante nazista vai até um templo budista habitado por monges mestres em artes marciais. Armados de suas indefectíveis Lugers, os alemães vão invadindo e atirando. O problema é que o monge guardião do pergaminho é, como o título diz, à prova de balas.
Passados 60 anos, reencontramos o monge da seqüência inicial em Nova York. Como ele chegou lá? Bom, com o tempo você vai ver que ele sabe mais truques do que apenas desviar de tiros. Sua missão agora é encontrar um novo guardião para o milenar segredo. Seguindo as pistas de uma profecia tão antiga quanto o próximo artefato, ele chega até Kar (Scott). Mas como poderia um batedor de carteiras ser o próximo detentor de um segredo tão poderoso? E quem é a misteriosa menina (Jaime King) que surge do nada e começa a ajudá-lo? Qual seu real interesse?
Estas perguntas serão respondidas no desenrolar do filme, que é até mais engraçado e menos patético do que aparenta. A presença de Seann William Scott é culpada por boa parte deste preconceito original, mas até que o rapaz vai bem num papel um pouco mais sério. Chow Yun-Fat e o produtor, John Woo, dão ao filme a serenidade que ele precisa. E o diretor estreante Paul Hunter não compromete. A menina? Bom, ela tem a sua importância na história, mas a verdade é que está lá só para embelezar a história, o que faz muito bem.


