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Crítica

Jogo de Sedução | Crítica

<i>Jogo de sedução</i>

MF
15.07.2004, às 00H00.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 09H03

Jogo de Sedução
Dot The I
, 2003
Inglaterra / Espanha
Drama - 92 min.

Direção: Matthew Parkhill
Roteiro:
Matthew Parkhill

Elenco: Gael García Bernal, Natalia Verbeke, James DArcy, Tom Hardy, Charlie Cox, Yves Aubert, Myfanwy Waring, Michael Webber

A certa hora de Jogo de sedução, Carmen diz a Kit "beijar é colocar o pingo no i da palavra amor". A frase é dita em francês e ao traduzi-la para o inglês, os dois logo vêem que ela perde o sentido.

Omelete Recomenda

Tradução é um trabalho sempre delicado. Não é uma ciência exata e vai muito além de simplesmente mudar palavras de uma língua para outra. É necessário dar um sentido que torne cada frase familiar ao público leitor. Se você duvida disso, pegue qualquer site estrangeiro que você achar no Google e clique na opção "Translate this page" (traduza esta página). As coisas que vão sair dali serão absurdas e você pode até conseguir entender, mas vai dar trabalho e render boas gargalhadas. Por isso, traduzir nomes de filmes é algo tão complicado quanto em qualquer outra área. Mas mudar "Dot the i" (ao pé da letra "colocar pingo no i") para "Jogo de sedução" não é tradução, é abuso de poder. Se vale como consolo, na França o filme se chama Attraction Fatale (Atração fatal) e foi igualmente criticado.

Como dá para perceber, o título original do filme tem um contexto na história. Carmen (Natalia Verbeke) conhece Kit (Gael García Bernal) em um restaurante francês em Londres. É a despedida de solteira da moça e o garçom diz que, na sua terra, a tradição manda que a noiva escolha uma pessoa para um último beijo. O que deveria ser um símbolo de adeus à vida de celibatária acaba se tornando um grande problema, pois surgiu ali uma paixão que Carmen pensou que não sentiria por mais ninguém. Voltando para a casa de seu noivo, Barnaby (James DArcy), ela tem a impressão de que está sendo seguida e o principal suspeito é o ex-namorado que ela deixou para trás em Madri, sua terra natal.

Triângulo amoroso, vingança, personagem com problemas emocionais não resolvidos... Parece que o filme não tem nada de novo e só está sendo lançado agora para aproveitar a onda em cima do galã-latino-sensação Gael, que há pouco estava em cartaz por aqui com Diários de Motocicleta, de Walter Salles. Mas quem for curioso e resolver olhar além do fraco título brasileiro (Jogo de Sedução? Não tinha um nome mais óbvio e neutro?) vai assistir a um excelente filme tanto do ponto de vista técnico, quanto pela história.

Para realizar o projeto da forma como havia planejado, o diretor e roteirista estreante Matthew Parkhill chamou o diretor de fotografia Affonso Beato, brasileiro que, entre diversos filmes, trabalhou com Pedro Almodóvar em Carne Trêmula e Tudo sobre minha mãe. O resultado é diferenciado. O uso de câmeras digitais têm um efeito único e um propósito. E é melhor paramos por aqui, para não estragar nenhuma surpresa, pois no início você vai achar que a trama tem furos maiores do que a camada de ozônio, mas depois que alguns is são pingados, você verá que se trata de uma história muito bem amarrada.

Nota do Crítico

Ótimo
Marcelo Forlani

Jogo de Sedução

Dot the I

2003
16.07.2004
92 min
Suspense
País: EUA / Espanha / Reino Unido
Classificação: 14 anos
Elenco: Gael García Bernal, Natalia Verbeke, James D´Arcy, Tom Hardy, Charlie Cox
Onde assistir:
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