Didi - O Cupido Trapalhão | Crítica
<i>Didi - O cupido trapalhão</i>
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O Romeu da história é o cantor Daniel. Aquele mesmo, meio velho, mas que sua mamãe acha um gato. A Julieta é Jackeline Petkovic, a loirinha enjoada apresentadora infantil do SBT. Acrescente ao elenco grandes atores como Kleber Bambam, Jacaré, Marcelo Augusto, Hellen Ganzarolli e Dani Bananinha. E é claro, Didi Mocó. Qualquer um apostaria que Didi, o cupido trapalhão seria mais uma porcaria da Globo Filmes. E essa também era a minha impressão antes de ver o filme.
É bom ir ao cinema sem pretensão nenhuma. Você se diverte, dá umas risadinhas, lembra-se da época em que Super Xuxa contra o Baixo Astral era um filmaço, e pronto. De vez em quando, é até gostoso deixar as grandes produções cinematográficas para curtir uma boa sessão da tarde.
O enredo, ou melhor, a historinha, é toda água, açúcar e humor pastelão, bem ao estilo Didi Mocó. É sempre a mesma fórmula: um casal apaixonado, um vilão que impede o amor, Didi fazendo suas trapalhadas, dando-se bem no final, trilha chiclete feita por cantores meia-boca. Renato Aragão é divertido, e as piadas são sempre aquelas mesmas. Não poderia ser mais clichê, mas as crianças gostam. Fazer o quê?
Didi, o cupido trapalhão adapta Romeu e Julieta para os tempos de hoje, e para a concepção trapalhônica de cinema. Didi é um cupido que nem o céu mais agüenta, e Deus (O Grande Chefão, interpretado por Herson Capri) resolve envia-lo para uma missão na terra. Ele deve unir um casal. Se conseguir, volta para o céu. Caso contrário, pode até ir um pouco mais pra baixo.
Segundo o próprio Renato Aragão, as crianças gostam de amores impossíveis. E o Cupido quer juntar justo quem? Romeu é um simples entregador de lanches, e Julieta a menina rica que deve casar com um político influente. Ela, em vez disso, apaixona-se pelo moço pobre.
Dá pra dar algumas risadas. Na verdade, se eu tivesse sete anos, teria me divertido a beça. Não deixe de levar o seu sobrinho, mas, lembre-se: Não espere o melhor filme da sua vida.


