A Máfia Volta ao Divã | Crítica
A sequência mostra um resultado bem inferior ao origina
Às vezes, Hollywood mostra que está aprendendo e lança uma continuação tão boa quanto o filme que lhe deu origem. Infelizmente, esse não é o caso de A Máfia Volta ao Divã (Analyse That, de Harold Ramis, 2002), produção que justifica o preconceito do público pelas seqüências de filmes de sucesso.
Em A Máfia do Divã (Analyze this, 1999), fomos apresentados a Paul Vitti (Robert DeNiro), um "poderoso chefão" da máfia italiana com problemas psicológicos. Desesperado, o Dom pede ajuda a um psiquiatra judeu chamado Ben Sobol (Billy Crystal) e lentamente atrai o inocente médico para sua organização criminosa. Recheado de situações hilárias, Máfia no Divã foi uma das comédias mais divertidas de 99.
O novo filme começa com Vitti na prisão, local onde terminou no original. O mafioso está preocupando os agentes do FBI que o vigiam, pois tem demonstrado acessos de insanidade, como quando canta e dança os temas do musical West Side Story (de Jerome Robbins e Robert Wise, 1961). Sendo assim, recorrem a Ben Sobol, que é chamado para dar um parecer sobre o caso. Vitti acaba em liberdade condicional e é colocado - a contragosto do doutor e toda a sua família - sob a responsabilidade do médico, a fim de ser curado, conseguir um emprego e se endireitar.
O começo do filme até engana. DeNiro interpretando um maluco é muito engraçado. Há outras boas passagens, como quando o mafioso começa a procurar um emprego, passando por maitre, vendedor de carros e até consultor de um seriado de TV no estilo de A família Soprano. Porém, da metade até o final, se perde numa malfadada tentativa de fazer uma aventura policial, na qual os melhores momentos são mesmo as piadas manjadas do primeiro filme.
Dá para esperar sair DVD.