Deezer: 1 mês grátis + 20% OFF

Icone Conheça Chippu
Icone Fechar
Filmes
Crítica

A Grande Sedução | Crítica

<i>A grande sedução</i>

MH
25.11.2004, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H17

A grande sedução
La Grande Séduction

Canadá, 2003
Comédia - 108 min

Direção: Jean-François Pouliot
Roteiro: Ken Scott

Elenco:
Raymond Bouchard, Dominic Michon-Dagenais, Guy-Daniel Tremblay, Nadia Drouin, Rita Lafontaine, Roc LaFortune, Réal Bossé, Guy Vaillancourt, Lucie Laurier, Pierre Collin

Desconfie de campeões de bilheterias. Normalmente são filmes que apostam em fórmulas prontas, mais fáceis da massa assimilar. Por exemplo, A grande sedução (Le grande séducion, de Jean-François Pouliot, 2003), comédia canadense que superou em casa hobbits, Neos e até mesmo As invasões bárbaras (Les invasions barbares, de Denys Arcand, 2003), se encaixa naquele tipo de comédia edificante, de auto-ajuda social, que prega a simplicidade regional contra a voraz globalização, na linha de Ou tudo ou nada (The full monty, de Peter Cattaneo, 1997).

Omelete Recomenda

Em tom de fábula, o acabado Germain (Raymond Bouchard) conta que, na época em que era menino, a ilhota de Saint Marie La Mauderne não era o amontoado de rochas triste e sem vida como se vê hoje. Os pescadores saíam cantando para o ofício e, na volta, faziam a alegria de suas esposas. Atualmente, com o esgotamento da pesca, todos os cento e pouco habitantes de lá vivem do seguro-desemprego. Só encontram abrigo no bar. E não vêem a hora de fugir para o continente. Germain tem um plano para mudar o lugar. Mas somente com a ajuda de todos pode fazer Saint Marie voltar aos velhos tempos.

Sentiu o clima?

Mas, calma. Ainda há a grande sedução do título. Para atrair a instalação de uma fábrica e garantir empregos, a população precisa de um médico residente. Germain planeja, então, convidar algum doutor da cidade grande a morar na ilha. Claro que ninguém aceita. A contragosto, porém, o Dr. Christopher (David Boutin) acaba convencido a passar um mês em Saint Marie. Para que ele resolva ficar, começa então uma intricada operação para maquiar o lugar e torná-lo... sedutor.

Eis então que se dá a transformação. Da mesma maneira que um espectador exigente se indispõe com o esquematismo, o amoral Christopher chega cheio de preconceitos. Mas não demora até que ele - e nós - sejamos convencidos. A grande sedução começa a revelar os seus atributos. Os personagens que, à primeira vista, parecem caricaturas irritantes, aos poucos ganham humanidade. Alguns deles, aliás, como o caixa do banco, se mostram incrivelmente cativantes. Montar o elenco com amadores, moradores de Harrington Harbour, locação das filmagens, acaba como trunfo principal da película.

E os floreios armados para iludir Christopher são uma delícia. Fãs de hóquei, os habitantes fingem que são loucos por críquete. As mulheres se insinuam. Mergulhadores prendem peixes à sua linha de pesca. Christopher começa a achar dinheiro na rua. E por aí vai. Não dá para resistir. É como o rato que avança no queijo mesmo sabendo da ratoeira. Grande sedução, na verdade, é deixar-se levar por um filme mesmo sabendo desde a primeira cena como ele vai terminar.

Nota do Crítico

Bom
Marcelo Hessel

A Grande Sedução

La Grande Séduction

2003
26.03.2004
Comédia
Publicadora: Jean-François Pouliot
País: Canadá
Classificação: 12 anos
Onde assistir:
Oferecido por

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.