Refém do Silêncio | Crítica
Eu é que não vou ficar quieto
Refém do silêncio (Don´t say a word, 2001 - EUA) é um desses filmes que começam bem, têm uma boa premissa, bons atores no elenco... mas que escorregam totalmente no meio e têm um final absolutamente previsível. Um tremendo desperdício de tempo e dinheiro, tanto o nosso quanto o deles.
Dirigido por Gary Fleder (dos também fraquíssimos Beijos que matam e Coisas pra se fazer em Denver quando se está morto), o filme até que teria algum mérito como entretenimento de Sessão da Tarde, mas hoje em dia, com tantas boas idéias surgindo na indústria do cinema, fazer o que já foi feito dezenas de vezes é um fracasso vergonhoso.
Michael Douglas (Traffic) é o Dr. Nathan Conrad, um psiquiatra de renome em Nova York, especializado em tratar adolescentes. Às vésperas da parada do Dia de Ação de Graças, sua filha é seqüestrada por um trio de ex-presidiários. A única exigência dos "bandidos" é que Conrad recupere uma informação valiosa de dentro da mente de uma paciente mental (Brittany Murphy, de Garota Interrompida).
Há dez anos, o pai da garota traiu esse mesmo trio e escondeu um rubi de dez milhões de dólares. Ele acaba morto pelos antigos comparsas e a única que sabe onde está a pedra é sua filha, agora com 18 anos e sérias perturbações mentais.
Os seqüestradores enchem o apartamento de Conrad com aparelhagem de espionagem que faria a CIA corar de inveja (nada mal pra três caras que passaram a última década na prisão), e dão um prazo para o psiquiatra fazer a garota falar até as 17 horas.
Bom, daí pra frente, se você tiver coragem de ir ao cinema assistir Refém do Silêncio, deixo pra você descobrir... mas já adianto: Não precisa de muito esforço para sacar o final, o meio, o começo...