De Volta à Ação é retorno melancólico de Cameron Diaz à Hollywood

Créditos da imagem: Netflix/Divulgação

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Crítica

De Volta à Ação é retorno melancólico de Cameron Diaz à Hollywood

Só um fiapo de carisma salva comédia de ação da Netflix do fiasco total

Omelete
3 min de leitura
17.01.2025, às 16H07.

Não é de hoje que a Netflix se especializou em fazer comédias de ação de qualidade duvidosas sustentadas pelo peso do nome de seus protagonistas. Entre uma exceção e outra, o serviço de streaming recheou o seu catálogo de títulos completamente esquecíveis, onde os altos números de audiência conquistados quase refletem o nível do produto. É uma pena que o filme que marca o retorno de Cameron Diaz aos holofotes após 11 anos seja mais um desse grupo.

Na onda de filmes sobre espiões aposentados que escondem suas antigas identidades para proteger suas famílias, De Volta à Ação pouco faz para apresentar algo de novo. Na trama, Diaz e Jamie Foxx vivem Emily e Matt, um casal de agentes da CIA que decidem se aproveitar de um serviço que deu errado para forjar suas mortes e viver vidas de civis após ela descobrir que está grávida. Quase 15 anos depois e dois filhos na conta, a dupla precisa fugir de um grupo de mercenários quando suas identidades são descobertas.

Pode-se dizer que o título da Netflix era um caminho fácil de volta para Diaz, um veículo de retorno de baixo esforço já que ela mesmo colecionou alguns filmes do gênero antes de se afastar de Hollywood Mas De Volta à Ação - cujo título não poderia ser mais conveniente -, é apenas uma meia vitória, na melhor das hipóteses. Embora ainda possua o mesmo carisma particular que fez do remake de As Panteras um sucesso, a atriz poderia ser mais criteriosa com a forma como escolhe compartilhá-lo.

Das motivações de seu retorno à ação às reviravoltas promovidas para oxigenar a trama, tudo em De Volta à Ação soa e parece genérico. Não há pistas falsas que convençam minimamente o espectador de que o caminho percorrido por seus protagonistas possa entregar outras respostas que não as erradas, pois as corretas estão ali para quem quer ver. Até mesmo a tentativa de explorar um lado mais sentimental ao abordar a relação entre Emily e sua mãe distante, Ginny (Glenn Close), não funciona, já que desde o princípio é possível entender como esses conflitos vão moldar a conexão entre a personagem de Diaz e sua filha, que não suporta a vida mundana levada por seus pais e vive apenas das pequenas pílulas de serotonina que resultam de sua rebeldia.

A fórmula de filmes como De Volta à Ação - piada, tiros, beijos, tudo de novo outra vez - tornou-se batida demais para aqueles que buscam um mero entretenimento para de noite, priorizando a escolha de se deixar levar pelos prazeres superficiais de grandes estrelas em comédias de ação bobas e feitas para rir. Para a sorte de Cameron Diaz, a química com Jamie Foxx ainda funciona e entrega o fiapo de carisma necessário para que um projeto como esse não seja um fiasco total. Mas ainda é muito pouco para alguém que já foi um dos principais nomes do cinema norte-americano.

Nota do Crítico
Regular
De Volta à Ação
Back in Action
De Volta à Ação
Back in Action

Ano: 2025

País: EUA

Classificação: 12 anos

Duração: 117 minutos min

Direção: Seth Gordon

Elenco: Andrew Scott, Jamie Foxx, Kyle Chandler, Glenn Close, Cameron Diaz

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