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Filmes
Crítica

Crítica: Milagre em Sta. Anna

Filme de guerra dirigido por Spike Lee morre na praia

MF
30.04.2009, às 17H00.
Atualizada em 05.11.2016, ÀS 19H04

Spike Lee é, salvas exceções, um cineasta monotemático. E é válido o esforço que ele faz para enaltecer os negros, combater a discriminação e denunciar os abusos do passado e presente. Afinal, se não fosse Faça a Coisa Certa (Do The Right Thing, 1989), talvez ele não tivesse a importância que tem hoje no cenário do cinema mundial. Porém, esse seu bater na mesma tecla às vezes cansa e outras vezes gera filmes abaixo da sua média, que aparentemente só são produzidos porque o tema lhe é caro.

No papel, Milagre em St. Anna (Miracle at St. Anna, 2008) teria elementos suficientes para ser um filmão. O longa mostra uma divisão do exército estadunidense formada exclusivamente por negros, uma experiência criada pelos generais brancos para ver do que os negros eram capazes. Porém, o preconceiro continua entrincheirado, esperando o momento certo para atacar. No meio de uma investida contra o lado alemão, um comandante não acredita na informação enviada por um de seus subordinados, e não ataca nos pontos certos, causando a morte de muitos soldados do Tio Sam.

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Quatro deles conseguem escapar da carnificina e das tropas alemãs que dominam a região, chegando à segurança momentânea de uma pequena vila na Toscana. A tiracolo, o soldado Train (Omar Benson Miller), um grandalhão de bom coração, carrega um menino italiano (Matteo Sciabordi) que ele salvou da morte certa. Quem lidera o grupo é o idealista Sargento Stamps (Derek Luke), que vive em conflito com o mulherengo Sargento Bishop (Michael Ealy). Quem faz as traduções entre os italianos e os soldados é o porto-riquenho Hector Negron (Laz Alonso).

Durante o tempo em que se escondem dos nazistas e tentam contato com a sua divisão para voltarem à base, os quatro vão se envolvendo com os habitantes do povoado e também com os partisans, rebeldes que vivem nas montanhas, escondidos e preparando emboscadas contra os soldados de Hitler.

Sem querer estragar qualquer surpresa da trama, o título faz referência ao massacre de Sant'Anna di Stazzema, em que 560 pessoas - a maioria mulheres, crianças e velhos - foram mortas por oficiais da SS. O tal milagre foi escrito primeiro por James McBride, que depois acabou também roteirizando o filme. Mas tudo demora muito para acontecer e quando vem a explicação, ela é seguida por uma enxurrada de acontecimentos, desenrolando toda a vagarosa história de 2h40 em questão de minutos.

Essa falta de ritmo faz sangrar o ambicioso projeto de Spike Lee, que custou 45 milhões de dólares, o mais alto orçamento de sua carreira (ao lado de O Plano Perfeito). Depois de nascer como O Resgate do Soldado Ryan em uma sangrenta batalha cheia de pedaços de corpos que voam pelos ares e ganhar ares de A Vida é Bela, Milagre em St. Anna conclui sua história de forma fácil e demasiadamente melosa.

Nota do Crítico

Regular
Marcelo Forlani

Milagre em St. Anna

Miracle at St. Anna

2008
30.04.2009
160 min
Ação
País: EUA/Itália
Classificação: 16 anos
Onde assistir:
Oferecido por

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