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Filmes
Crítica

Guerreiras do K-Pop não é apenas um ótimo filme, mas produto raro atualmente

Sensação da Netflix encanta com animação colorida e trilha sonora arrebatadora

Omelete
5 min de leitura
31.08.2025, às 18H21.
Atualizada em 04.09.2025, ÀS 08H46
Guerreiras do K-Pop não é apenas um ótimo filme, mas produto raro atualmente

É impossível falar de Guerreiras do K-Pop sem entrar no mérito do fenômeno que a produção do Sony Animation Studios, comprada pela Netflix, vem causando. Em dois meses a animação se tornou a produção em língua inglesa mais assistida da história do streaming, com mais de 235 milhões de visualizações até a publicação deste texto. Não satisfeito, o filme alcançou o recorde de mais de 45 anos de Os Embalos de Sábado à Noite e colocou três canções da mesma trilha sonora no Top 5 da Billboard. São centenas de milhões de plays no Spotify, trends de dança nas redes sociais e por aí vai. Até o recente trailer de Um Cabra Bom de Bola, novo longa animado do estúdio, já ganhou uma versão nos EUA com a logo do filme e o famoso “do mesmo estúdio de” ao lado de Homem-Aranha no Aranhaverso.

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Todos esses números e recordes não substituem uma coisa: Guerreiras do K-Pop é um ótimo filme e um produto raro hoje em dia. Não tardou para que a animação fosse chamada de “o Frozen da Netflix” e isso não é de todo errado. Frozen - Uma Aventura Congelante também foi um acerto em ambas as esferas. A história da princesa que não se sente bem no corpo e no local onde vive até que se liberta, se entende com seus poderes e descobre no amor da irmã - e não de um príncipe encantado - sua grande força, era perfeita para o momento que foi lançada. Ninguém acreditava mais em príncipes encantados. Dez anos antes, Shrek já tinha dito isso. Não é à toa que animações que seguiram a história de Elsa, como Moana, Zootopia e Encanto, também trouxeram protagonistas que buscavam o mesmo que ela e, de novo, por méritos próprios. Comercialmente é chover no molhado falar do sucesso de Frozen e Moana, especificamente. Bonecas, música, parques e, claro, continuações bilionárias.

Guerreiras do K-Pop segue a mesma trilha. Acompanhamos o trio HUNTR/X, formado por Rumi, Mira e Zoey, que dão sequência a uma linhagem de protetoras do nosso mundo contra demônios que tentam invadir e sugar as almas da população. As “hunters” sempre usaram seu talento e voz para cativar o público, mantendo a Honmoon, um escudo de proteção, e fortalecendo para transformá-lo na versão dourada, um selo final que baniria os demônios do mundo humano para sempre. O detalhe é que Rumi, a vocalista do grupo de K-Pop, esconde um segredo desde criança: ela é filha de uma hunter com um demônio e precisa do Golden Honmoon para se livrar de vez da maldição que acredita carregar.

O filme segue uma linha bem básica de história. Os beats estão todos lá: a missão do grupo, os vilões, a revelação do segredo, a amizade sendo colocada em cheque… tudo funciona muito bem dentro da fórmula já estabelecida em outros filmes. E é aí que entra a magia que faz da produção, um fenômeno. 

Netflix

Começando pela animação, você já agradeceu Aranhaverso hoje? É inegável que desde o sucesso da história de Miles Morales, o cinema de animação entendeu que seria possível dar um passo diferente da computação da Pixar e DreamWorks. Claro, o sucesso de bilheterias chancelou o talento dos animadores e obras como Gato de Botas 2, Robô Selvagem e, agora, Guerreiras do K-Pop foram possíveis. Misturando o estilo que consagrou Aranhaverso com traços de aenimeisyeon - animações coreanas - e muitas cores, a animação cria momentos incríveis de ação. Com o efeito 2D dos rostos, o humor mal precisa ser dito para fazer rir. É um trabalho muito preciso no tom entre comédia, aventura e drama, que torna os 90 minutos da história ainda mais fáceis de serem consumidos.

O segundo e o maior de todos os elementos do filme é a trilha sonora. Há muitos anos uma animação não tinha uma trilha tão chiclete - no bom sentido - como Guerreiras do K-Pop. É impressionante como após apenas uma assistida você já consegue cantarolar "Soda Pop" - "Meu Pequeno Guaraná", em português - ou "Golden" ("Brilho") e "What it Sounds Like" ("O Som da Nossa Voz"). Aliadas aos ótimos arranjos - e é um pecado que apenas poucos puderam ouví-los em uma sala de cinema - e a animação citada anteriormente, o filme cria momentos épicos como a abertura no avião, o show em que Rumi é exposta para as companheiras, misturando terror e drama, e, claro, a batalha final, com uma apresentação épica tanto das HUNTR/X, quanto dos Saja Boys.

Guerreiras do K-Pop é tudo o que a Disney e Pixar vêm patinando para conseguir. Um produto que entende o público-alvo, que entretém e que faz com que os espectadores se apaixonem por eles. Elio, também desse ano, pode pode até ser bonitinho, mas parece engessado num modelo que nem aos pais conseguem justificar o ingresso gasto. Lightyear sofreu do mesmo, Wish, Mundo Estranho e mesmo Luca, Dois Irmãos e até Red: Crescer é uma Fera (e aqui valeria um texto só para esse) não conseguiram criar essa conexão. O live-action de Branca de Neve é o exemplo mais claro de que as empresas não enxergam mais para quem estão falando, presas em uma ideia de que o nome Disney vai transformar tudo em ouro. Shrek veio para balançar esse status quo no início dos anos 2000, Aranhaverso no fim dos anos 2010 e a empresa fundada por Walt Disney ainda não parece ter entendido que precisa se renovar. A Era John Lasseter (afastado em 2017) até conseguiu com Frozen, Moana, Zootopia, mas hoje, nada além da nostalgia parece mover as máquinas por lá, vide Divertida Mente 2 e Moana 2.

Quem não tem nada com isso é a Sony Animation e a Netflix, que têm nas mãos o maior sucesso de 2025 até aqui. Um filme que encanta por todos os motivos citados acima e é honesto ao abraçar tudo que faz sucesso - e cresce os olhos do mercado - na cultura coreana hoje em dia. K-pop, k-drama, aenimeisyeon… passou na frente, Guerreiras do K-Pop vai adicionar em sua mistura. O resultado está aí e se você ainda não viu, junte-se ao coro!

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Nota do Crítico

Guerreiras do K-Pop

Kpop Demon Hunters

2025
96 min
País: EUA
Direção: Chris Appelhans, Maggie Kang
Elenco: May Hong, Ji-young Yoo, Arden Cho
Onde assistir:
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