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Crítica

Crítica: Be Cool - O outro nome do jogo

Be Cool - O outro nome do jogo

14.04.2005, às 00H00.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 14H02

Peço licença a você, leitor, para começar este texto em primeira pessoa. Confesso que quando estava no cinema, dei algumas risadas com Be Cool (2005), de F. Gary Gray. Mas depois de alugar O Nome do Jogo (1995) na 2001 Vídeo* entendi que, tirando a hilária atuação do ex-astro de luta-livre The Rock, as piadas do novo filme já haviam sido feitas na fita de 10 anos atrás ou em outros longas. A ironia é que em uma de suas primeiras falas, Chili Palmer (John Travolta) esnoba o pôster da suposta segunda parte do filme que ele ajudara a produzir em O Nome do Jogo, fazendo pouco caso das seqüências.

Esta cena está ali apenas para mostrar como o ex-agiota está cheio da indústria cinematográfica. O impulso final para a sua incursão no mundo da música acontece quando um produtor musical é assassinado e sua esposa-sócia Edie (Uma Thurman) aparece na casa de Palmer procurando por sua ajuda... e algo mais. A idéia, assim como aconteceu no longa dirigido por Barry Sonnenfeld, é expor as semelhanças entre a indústria do entretenimento e o submundo das máfias.

Be Cool - O Outro Nome do Jogo

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Be Cool - O Outro Nome do Jogo

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O que é ser cool

Impossível pensar em um filme cool hoje em dia e não ter em mente Onze Homens e um Segredo (2001) e seu elenco estrelado, trama envolvente, trapaças charmosas e trilha sonora cuidadosamente escolhida e produzida. O longa dirigido por Steven Soderbergh é tudo o que Be Cool tentou ser, mas não conseguiu. O casting é grande, mas não é de primeira linha. A trama é mais cheia de buracos do que figurante da série C.S.I.. As trapaças são previsíveis. E a música, embora seja o grande tema, alterna altos e baixos.

Justiça seja feita, Travolta consegue fazer um cara cool até a última gota de brilhantina. E a subaproveitada Thurman é, além de cool, megasexy. Muita gente vem dizendo por aí que os dois devem ter aceitado fazer o filme só para dançarem juntos novamente. E pode até ser verdade. Ver os dois se mexendo ao som de "Sexy", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, interpretada por Black Eyed Peas, vale um quarto do preço do ingresso. Mas se você quiser economizar, é só clicar aqui.

Quem também se destaca são o já citado The Rock e o estreante Andre Benjamin, conhecido também como Andre 3000, do Outkast. O astro de Bem-Vindo às Selvas e Com as Próprias Mãos está irreconhecível como um guarda-costas com tendências homossexuais, o sonho de ser ator e uma levantada de sobrancelhas matadora. Já o músico interpreta gangsta rapper que não tem noção do que pode fazer com a arma cromada que fica ora na sua mão, ora na cintura, tão à mostra quanto sua cueca. O resto do elenco é subaproveitado com atuações exageradas e papéis sem graça, provando que Gray pode até saber dirigir videoclipes, mas não é um bom diretor de elenco.

* parece um merchandising bobo para a nossa parceira na venda de DVDs, mas nem a minha locadora de bairro nem a gigante arrasa-quarteirões tinham o título em catálogo

Nota do Crítico
Bom
Be Cool - O Outro Nome do Jogo (2005)
Be Cool
Be Cool - O Outro Nome do Jogo (2005)
Be Cool

Ano: 2005

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 118 min. min

Direção: F. Gary Gray

Elenco: John Travolta, Uma Thurman, Vince Vaughn, Cedric the Entertainer, André Benjamin, Steven Tyler, Robert Pastorelli, Christina Milian, Paul Adelstein, Debi Mazar, Gregory Alan Williams, Harvey Keitel, Dwayne Johnson, Danny DeVito, James Woods

Onde assistir:
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