Confinado até tenta, mas nunca deixa de ser só uma boa ideia para filme

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Crítica

Confinado até tenta, mas nunca deixa de ser só uma boa ideia para filme

Bill Skarsgård precisa sobreviver à versão Jogos Mortais de Anthony Hopkins

Omelete
3 min de leitura
07.05.2025, às 07H00.
Atualizada em 08.05.2025, ÀS 04H42

A carreira de Anthony Hopkins é tão curiosa quanto incrível. É fácil falar de filmes como os premiados O Silêncio dos Inocentes e O Pai, seus trabalhos com Oliver Stone, em Nixon e Alexandre, o Grande, e outras obras como Vestígios do Dia e o já clássico romance Encontro Marcado. O ator galês foi Van Helsing, em Drácula de Bram Stoker, Hitchcock, fez Missão: Impossível 2, Odin, nos filme de Thor da Marvel e se meteu em furadas como O Ritual, Noé, Transformers: O Último Cavaleiro e, mais recentemente, Rebel Moon, de Zack Snyder. Confinado, seu novo trabalho, agora ao lado de Bill Skarsgård, entra nesta última parte da lista.

A história - produzida por Sam Raimi - mostra Eddie (Skarsgård), um homem que está sempre de olho em possíveis golpes e furtos para sanar sua situação financeira. A relação com a filha está distante no meio da ansiedade de prosperar no mundo, mas a menina deixa clara que sente falta do pai. Ao tentar roubar uma SUV de luxo, estacionada em um terreno qualquer e destrancada, Eddie acaba preso dentro do veículo que é, na verdade, uma armadilha criada por William (Hopkins). O misterioso homem se comunica com o ladrão pelo sistema de som do carro e quer puni-lo pelo crime.

Confinado até começa com algo a mais a dizer. As imagens das calçadas cheias de pessoas em situação de rua, usuários de drogas e no meio disso tudo um carro de luxo, brilhando de tão novo. É uma ótima representação visual das grandes cidades e do aumento da crise de opióides - especialmente o fentanil - na América do Norte. A entrada de Eddie no carro e as primeiras interações entre ele e William funcionam para aumentar o suspense e o tom de ameaça da situação. O diretor David Yaroveski até brinca com a câmera, passeando pelos espaços apertados do carro e dando ao protagonista um senso de claustrofobia que engaja por alguns minutos.

O problema de Confinado é que ele não tem mais nada além disso para nos oferecer. São mais de 90 minutos de situações repetidas e torturas de William com Eddie que nunca mostram a real dimensão do porquê daquilo estar acontecendo com ele. O filme acaba entrando em uma ideia mal formulada de representação de “vigiar e punir”, onde confunde Foucault e a prisão como metáfora para um poder disciplinador, com Jigsaw e sua sanha por vingança em Jogos MortaisTudo vai por água abaixo de vez quando o filme deixa de lado a ideia inicial, do carro como objeto de desejo e prisão, para transformá-lo em arma usando um conceito moderno de veículos autônomos. 

As coisas pioram ainda mais quando o próprio William, que deixa de ser uma voz ameaçadora e uma força que controla e maltrata Eddie - que o filme nunca esconde e até repete várias vezes que é como a sociedade age - precisa ser personificado e Anthony Hopkins aparece em carne e osso na história. A disputa dos dois não faz mais sentido e a briga para ver quem sofre mais se torna, no mínimo, enfadonha de tão rasa

Confinado, adaptação do filme argentino 4x4, tenta, mas nunca consegue ser um Por um Fio, de Joel Schumacher, ou mesmo o recente Drop: Ameaça Anônima, por exemplo, que conseguem criar tensão com a situação de local único. É uma boa ideia, mas que nunca se mostra realmente forte o suficiente para ser mais do que um curta-metragem de 30 minutos. Sobra a punição para o espectador.

 

Nota do Crítico
Regular

Confinado

Locked

Ano: 2025

País: EUA

Duração: 95 min

Direção: David Yarovesky

Elenco: Anthony Hopkins , Bill Skarsgard , Bill Skarsgård

Onde assistir:
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