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Filmes
Crítica

Anônimo 2 é bobo e divertido na medida certa

Bob Odenkirk retorna para nos dar a dose de escapismo que precisávamos

Omelete
3 min de leitura
21.08.2025, às 09H00.
Atualizada em 22.08.2025, ÀS 08H07
Anônimo 2 é bobo e divertido na medida certa

Créditos da imagem: Universal Pictures/Divulgação

Se um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, então como explicar que Bob Odenkirk consegue repetir a dose de uma sequência tão boa quanto a anterior? O ator veterano provou que Saul Goodman, o advogado canastrão e de caráter duvidoso de Breaking Bad, ainda tinha muita história para contar. Vale dizer, o personagem retornou em Better Call Saul, série que é descrita por muitos fãs como ainda melhor do que a original. O debate aqui existe, mas, se não vamos aprofundá-lo, serve ao menos para compará-lo ao caso Anônimo 2 - este, sim, uma evolução natural e facilmente notável de seu antecessor.

Na sequência, comandada pelo diretor de ação indonésio Timo Tjahjanto e co-escrita pelo roteirista do original, Derek Kolstad, o protagonista Hutch Mansell retorna para mais uma vez tentar equilibrar sua vida familiar com a profissional. No primeiro longa, Hutch sofria para reencontrar seu lugar no mundo após deixar a vida de assassino de aluguel para se dedicar à família. Tal decisão praticamente tirou a luz de sua existência e o afastou de sua essência, até que as circunstâncias o levaram a sair da aposentadoria. Agora, ele precisa lidar com as consequências de retornar a este mundo, que manteve o abismo entre ele e a esposa, Becca (Connie Nielsen), e seus filhos.

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Para acabar com este distanciamento, Hutch insiste em levar a família para passar as férias de verão em um resort cafona, com direito a tobogã temático e cabanas ridículas – um lugar para onde seu pai (Christopher Lloyd), que também o acompanha – o levou quando ele era criança. Inevitavelmente, Hutch se envolve com bandidos locais, incluindo um xerife corrupto (Colin Hanks) e Lendina, a chefona do crime sadicamente cruel, interpretada de forma acertadamente cafona por Sharon Stone.

A ida da família ao resort foi uma boa desculpa encontrada por Tjahjanto para colocar Hutch em situações criativas de combate. Como a franquia pertence aos mesmos produtores de John Wick, a fórmula é fácil de ser reproduzida: coloque seu protagonista em ambiente peculiar e o faça usar armas e brinquedos para espancar vilões. E, nossa, como funciona bem.

A ação de Anônimo 2 ajuda a suavizar parte da narrativa ineficaz - Hutch não quer que seu filho, que começa a se envolver em casos de violência na escola, siga seus passos e Becca parece sempre presa na função de lamentar os problemas de controle de raiva do marido. Embora nada chegue aos pontos altos da sequência do ônibus no primeiro filme, Tjahjanto – um diretor habilidoso e experiente – faz um bom trabalho ao dar a cada cena seu próprio toque distinto. E quem se aproveita disso é Odenkirk, cujo trabalho de corpo nunca parou após o lançamento do longa original e parece mais leve e solto nesta continuação.

Odenkirk tem a habilidade de fazer com que um comportamento irritadiço pareça uma forma de astúcia; ele está, na verdade, criando uma conspiração com o público. O fato de Hutch ser um assassino que decepa membros e esmaga rostos, além de ser um pai que parece retirado de uma sitcom dos anos 2000, é apenas uma versão (um pouco) mais exagerada do que todos esses ícones pseudo-machos de ação sempre foram: super-heróis brutalistas insanamente irreais. Pelo menos Anônimo 2 é honesto o suficiente para nos fazer perceber que o filme - e seus personagens - estão rindo junto conosco.

Tudo nesta sequência é extremamente cafona, mas até isso soa previamente calculado - e por isso não é preciso levar a sério um matador vestindo camisa havaiana e chinelo. Hutch e seu mundo estão longe de serem críveis Mas, ei, John Wick também não é? A suspensão da descrença ao assistir estes filmes nos permite ver o quão bobos e divertidos eles são, basta isso para que uma dose de escapismo seja boa o bastante para nos divertir.

Nota do Crítico

Anônimo 2

Nobody 2

2025
País: EUA
Classificação: 16 anos
Direção: Timo Tjahjanto
Elenco: Bob Odenkirk, John Ortiz, Christopher Lloyd, Sharon Stone, Colin Hanks, Connie Nielsen
Onde assistir:
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