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Aftershock | Crítica

Filme-catástrofe chileno faz valer o nome do gênero... é catastrófico

10.09.2012, às 00H54.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Frequentemente defendo que o cinema brasileiro - e o latino - deveriam apostar mais em filmes de gênero do que apenas na segurança das comédias e dramas. Mas se tudo o que conseguirmos fazer forem filmes como Aftershock (Chile, 2012), é melhor nos atermos aos filmes de pobreza e novelas em longa-metragem então.

Com produção de Eli Roth (Hostel), que também escreveu o roteiro ao lado do diretor Nicolas Lopez e atua em um dos papéis principais, o filme-catástrofe chileno é simplesmente embaraçoso. Basicamente, acompanha um grupo de garotos ricos indo de balada em balada no país, culminando em uma festa em Valparaíso.

Aftershock

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O primeiro ato se arrasta demais, buscando desenvolver os personagens. Seria até uma boa ideia, não fossem todos tão insuportáveis. Roth vive "Gringo", o amigo de dois locais (Ariel Levy e Nicolás Martínez), que conhecem três garotas estrangeiras (duas periguetes e uma CDF - os estereótipos são de facílima identificação) e as levam consigo em sua viagem em busca das melhores festas chilenas. O septeto é superficial e cada um tem problemas mais desinteressantes que o outro. Especialmente Pollo (Matínez), que leva o termo "filhinho de papai" a um patamar absurdo.

Isso tudo se arrasta durante mais de meia-hora pois o custo do filme está mesmo no pós-terremoto que vai, literalmente, sacudir as coisas. O filme melhora bastante depois do evento - mas ele chega atrasado demais para consertar qualquer coisa. Melhora também em um sentido que tenho certeza que não foi o desejado pelo diretor: o do humor involuntário. Há algumas mortes engraçadas e diálogos e situações tão absurdamente malfeitas que foi impossível não gargalhar.

Com uma fotografia amadora - um formato digital sem qualquer inspiração que não o setup inicial da câmera, e que parece vídeo de seriado de YouTube - Aftershock consegue irritar em todos os níveis. Salvam-se apenas as maquiagens e efeitos especiais, que convencem razoavelmente bem, especialmente considerando que se trata de um filme chileno, sem os recursos de que outras produções do gênero desfrutam. Parece que Lopez só conseguiu gastar direito o dinheiro do seu pai nos baldes de sangue e vísceras.

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Nota do Crítico
Ruim
Aftershock
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Ano: 2012

País: Chile

Classificação: LIVRE

Duração: 90 min

Onde assistir:
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