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Filmes
Crítica

A Possessão de Mary

Nem Gary Oldman salva terror fraco e tedioso que mais parece um lançamento direto-para-DVD dos anos 2000

AE
20.01.2020, às 11H52.
Gary Oldman em A Possessão de Mary

Créditos da imagem: A Possessão de Mary/Divulgação

Filmes de terror costumam ter suas próprias celebridades, mas isso não significa que atores “de fora” não dêem as caras em produções de gênero - especialmente aqueles que prezam pela variedade e experimentação em suas carreiras. Gary Oldman é um desses casos, tendo atuado desde dramas premiados no Oscar, como Destino de Uma Nação (2017), jogos de tiro como Call of Duty: Black Ops, episódios de Friends e, sim, clássicos do horror como Drácula de Bram Stoker (1992). Mesmo assim, nem mesmo sua presença e experiência são capazes de segurar uma bomba que nem A Possessão de Mary (2019).

O filme, que só chegou ao Brasil em 2020, acompanha uma família de marinheiros que compra um antigo barco como forma de recomeçar, após conflitos entre o casal David (Oldman) e Sarah (Emily Mortimer) ameaçarem um divórcio. No que saem em uma viagem inaugural com destino nas Bahamas, logo percebem que a embarcação pode estar amaldiçoada por uma presença fantasmagórica. No cinema de terror, ter uma premissa básica não é empecilho desde que a produção compense em algum outro aspecto, seja os sustos, a construção da tensão ou a assombração de amedrontar. Mary não acerta em nada.

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Intercalando entre flashbacks e os relatos de uma Sarah traumatizada na delegacia, o ritmo é arrastado demais para uma trama tão previsível e pouco inspirada. Mesmo quando as tragédias começam a acontecer, a família tenta agir naturalmente sem muito motivo, o que só cria pausas anticlimáticas. Os personagens não tem pingo algum de desenvolvimento para segurar esses momentos, mas mesmo assim o filme insiste em criar dramas familiares fracos, como o citado conflito entre o casal principal, ou a relação dos filhos com os pais. A performance de Oldman representa bem todo o lado “emocional” do longa: mesmo sendo um ator talentoso, aqui entrega atuação robótica e desinteressada. Com diálogos vergonhosos e progressão narrativa estranha, não dá para realmente culpá-lo pela falta de compromisso.

O lado sobrenatural deve melhorar um pouco, certo? Muito pelo contrário, é um fantasma de CGI barato e sustos gratuitos que fecham o pacote medíocre. O diretor Michael Goi tem certa experiência no gênero, já que passou por séries como American Horror Story e Monstro do Pântano, mas aqui sequer tenta construir tensão alguma para os momentos de horror. No comando da direção e da fotografia, Goi entrega um trabalho meia boca em ambos os departamentos.

O cinema de terror é populado de filmes questionáveis, e isso nem de longe é um problema já que o público recebe de braços abertos produções dos mais variados níveis de qualidade. Porém, as que conquistam um grupo de fãs - seja pela ironia ou não - normalmente têm charme, intenções arriscadas e cenas memoráveis e absurdas. A Possessão de Mary, que mais parece um lançamento direto-para-DVD da metade dos anos 2000, é o melhor exemplo de que um longa preguiçoso e sem alma, que não tenta nada de novo. É muito pior do que um que mira alto demais, fracassa mas se diverte no processo.

Nota do Crítico

Ruim
Arthur Eloi

A Possessão de Mary

Mary

2019
84 min
País: Estados Unidos
Direção: Michael Goi
Roteiro: Anthony Jaswinski
Elenco: Manuel Garcia-Rulfo, Owen Teague, Gary Oldman, Jennifer Esposito, Emily Mortimer
Onde assistir:
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