Começa em São Paulo a mais abrangente mostra do cinema de Carlos Reichenbach
Cinemateca Brasileira exibe a obra do gaúcho até o dia 17 de fevereiro
Começa hoje na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a mais abrangente mostra já feita da obra do cineasta brasileiro Carlos Reichenbach, falecido em junho passado. Até o dia 17 de fevereiro serão exibidos 14 longas, alguns deles em novas cópias em 35mm restauradas pela própria Cinemateca, além de curtas-metragens.
Carlos Reichenbach
Filmes mais recentes como Falsa Loura, Bens Confiscados e Garotas do ABC estão na programação ao lado das obras-primas Filme Demência e Alma Corsária. A produção erótica dos anos 1970 e 1980 - comédias e dramas de Reichenbach da época da Boca do Lixo - também é bem coberta, com filmes como O Paraíso Proibido e O Império do Desejo.
Seria uma mostra completa, se não fosse a ausência de A Ilha dos Prazeres Proibidos, de 1979. Para compensar, a organização exibe o raríssimo Sede de Amar (ou Capuzes Negros), de 1978, único filme que o diretor gaúcho fez por encomenda, que Reichenbach renegava e cujo negativo se acreditava perdido até alguns anos atrás. Diz a lenda que quando o filme foi encontrado por um amigo, Reichenbach não quis ficar com os rolos, para evitar a tentação de jogá-los fora.
A abertura acontece hoje com outras duas raridades: fragmentos inéditos dos dois primeiros curtas do diretor, a ficção científica Duas cigarras (1965), e a paródia de Godard Pierrot si fou (1966).
Os ingressos custam de R$ 4 (meia) a R$ 8 (inteira). Confira a programação completa.