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Cannes 2004 abre com <i>A má educação</i>

Cannes 2004 abre com <i>A má educação</i>

PR
13.05.2004, às 00H00.
Atualizada em 28.01.2017, ÀS 01H10

Ontem o Festival de Cinema de Cannes 2004 foi aberto com A Má Educacão, o novo filme de Pedro Almodóvar. Confira agora a opinião da correspondente Priscilla Ralston, do Omelete, sobre o filme.

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Foi nos anos 60, em um colégio de padres, que Ignácio e Enrique se conheceram e se apaixonaram. A história entre os dois alunos poderia ir longe não fosse o ciúme do diretor da escola: um padre tarado, que tem uma queda por Ignácio e trata de expulsar Enrique depois de flagrá-los no banheiro.

Vinte anos depois, voltam a se encontrar. Enrique (Fele Martínez; Tesis, Los Amante del Círculo Polar) é um famoso diretor de cinema em crise de inspiração. Ignácio (Gael Garcia Bernal, Amores Brutos), um ator atrás de uma grande oportunidade. A história do amor proibido na infância é a base do roteiro deste novo filme de Pedr... ops, Enrique. Mas parece que o seu primeiro amor já não é o mesmo...

La Mala Educación é um filme Almodóvar. Polêmico, gay (muito gay), com personagens excêntricos e sexo (muito sexo). O roteiro pode entediar um pouco no começo, mas não se renda. A história não pára de dar voltas e você vai se surpreender.

Gael Garcia Bernal está mais maduro e fenomenal. Interpreta mais de um personagem, de uma travesti boa gente a um jovem de caráter duvidoso, merecendo um Goya (o Oscar espanhol) por cada um. Não há nem rastro de sotaque mexicano. Já, Fele Martínez, continua o mesmo: mais seco que o terreno ao redor do cactus. Difícil arrancar um sorriso do rapaz.

Para responder à pergunta de todos, o diretor e roteirista confessa que La Mala Educación não é um filme autobiográfico, mas foi inspirado em experiências de pessoas próximas e que uma ou outra situação foi, sim, vivida por ele, mas não conta qual.

Pedro Almodóvar adiou a estréia do seu décimo quinto trabalho na Espanha, prevista inicialmente para dia 12 de março, por causa dos antentados terroristas em Madri no dia 11. Na terça-feira seguinte, teve a palavra, e fez público os rumores de um golpe de estado patrocinado pelo partido perdedor das eleições gerais da Espanha.

O resultado foi o esperado: Todo mundo falava nele... Do presidente eleito, a quem votou no derrotado. Na porta do cinema no dia da estréia estavam de um lado os fãs, do outro simpatizantes do Partido Popular aos berros pedindo que prendam Almodóvar por ser mentiroso. Já, a Igreja, não se manifestou. Talvez por vergonha e falta de argumentos.

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