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Filmes
Entrevista

Cinema do MS luta para ser “local e universal”, dizem diretores

Omelete falou com excelentes artistas locais durante o Bonito CineSUR 2025

Omelete
15 min de leitura
05.08.2025, às 06H30.
Jardim de Pedra, A Última Porteira e Enigmas no Rolê (Reprodução)

Créditos da imagem: Jardim de Pedra, A Última Porteira e Enigmas no Rolê (Reprodução)

“Tem muitos sul-matogrossenses que conhecem a Disney, mas não conhecem o Pantanal”. A frase é de Rodrigo Rezende, diretor do curta metragem A Última Porteira, exibido no Festival de Cinema Sul-Americano - Bonito CineSUR 2025. O evento, que reúne filmes de todo o continente em uma variedade de mostras competitivas, reserva também um espaço para o cinema do Mato Grosso do Sul, estado que abriga a cidade turística de Bonito - e poder entrar em contato com esses filmes, que representam um dos estados mais jovens do Brasil (criado em 1977) buscando cimentar sua identidade cultural e sua indústria, foi uma das experiências mais interessantes do CineSUR.

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A seguir, o Omelete conversa com três cineastas da mostra competitiva sul-matogrossense: Rezende, Daphyne Schiffer Gonzaga (premiada pelo júri popular da mostra por seu Jardim de Pedra: Vida e Morte de Glauce Rocha) e Ulísver Silva (vencedor do prêmio do júri oficial, com o longa Enigmas no Rolê). Um papo revelador, que evidencia um cinema de busca narrativa e social, impulsionada por um corpo de talentos notável, e entravada pelas mesmas dificuldades institucionais que todo o cinema brasileiro enfrenta. Confira!

OMELETE: Daphyne, o seu filme fala da Glauce Rocha, uma atriz aqui do Mato Grosso do Sul que foi muito importante pro Cinema Novo - mas que não é reconhecida como deveria. Qual foi o impulso para abordar essa história?

SCHIFFER: O que me fez fazer esse filme foi perceber que as pessoas não a conheciam nem na cidade onde ela nasceu. Eu sou de fora do Mato Grosso do Sul, sou do Rio de Janeiro, um lugar onde as pessoas valorizam muito os seus ícones, as suas pessoas de referência. E perceber que ela, que foi uma grande atriz, não é tão valorizada aqui, despertou minha curiosidade. Eu quis saber mais sobre ela e, no processo de pesquisar, me apaixonei. Foi isso que me motivou. Eu falei: ‘Gente, as pessoas precisam conhecer essa mulher, quem ela foi e o que ela pode trazer de inspiração para as pessoas daqui’. Porque eu acho muito importante a gente ter referência. Eu estou aqui fazendo filmes, e frequentemente olho para as outras pessoas que já fizeram como inspiração. Então penso que, para atrizes e atores, pessoas que querem viver de arte e que são daqui do Mato Grosso do Sul, ter a Glauce Rocha como inspiração e poder vê-la na tela, ter material sobre ela, é muito importante. Importante para o futuro.

OMELETE: Rodrigo, seu filme me tocou muito, não só pela história das gerações que se chocam naquela fazenda, mas também pela questão social incutida ali - as relações de poder entre patrão e empregado, aquilo tudo. Foi importante para você abordar isso? Faz parte da realidade daqui?

REZENDE: Sim, total. Eu acho que o Brasil é um país que não passou por uma reforma agrária decente, e isso traz vários problemas. Acho que uma reforma agrária há 100 anos atrás resolveria muitos problemas no Brasil. Vamos acabar com a escravidão? Beleza. Então vamos fazer uma reforma agrária também, para dar terra para o povo plantar. Seríamos outro país, completamente diferente. Muitas das mazelas do Brasil seriam resolvidas com uma reforma agrária responsável.

Daphyne Schiffer Gonzaga é premiada por Jardim de Pedra (Diego Cardoso | Fotografando Bonito)
Daphyne Schiffer Gonzaga é premiada por Jardim de Pedra (Diego Cardoso | Fotografando Bonito)

E aí, a partir disso, tem essa questão da desigualdade social também, né? É uma leve alfinetada que tem ali no filme, e no meu contexto rural aqui do Mato Grosso do Sul quando a gente mostra isso fica claro que é necessária a reforma agrária. Talvez em São Paulo isso tenha outras formas de resolver, mas eu acredito que no Mato Grosso do Sul, e outros estados que são muito rurais - pouca gente, muita terra - uma reforma agrária responsável é urgente. Mas também nem acredito que vá acontecer, acho meio utopia já. Não sou muito otimista, não tenho muita esperança.

OMELETE: Perfeito. E pra todos vocês, queria perguntar: o que significa fazer um filme do Mato Grosso do Sul? Como vocês buscam colocar esse contexto, levantar a bola da cultura do estado?

SCHIFFER: Então, quando a Glauce nasceu e viveu aqui, era Mato Grosso, né? Não era Mato Grosso do Sul. Ela é mato-grossense - mas se você fala aqui que é Mato Grosso, o povo fica bravo. [Risos] Mas de qualquer forma acho que, como uma forasteira, eu tenho um olhar diferente. Ainda há muito espaço para a gente falar sobre o Mato Grosso do Sul, e o cinema é uma ferramenta de disseminação de informação, da beleza e das mazelas, das questões do estado. E como não falar? É o lugar onde a gente está, que a gente ocupa. Eu hoje ocupo o Mato Grosso do Sul,  eu me inspiro com esse lugar, e acho que aqui tem muita coisa, muita história para ser contada, muita gente para homenagear, muito de tudo para as pessoas conhecerem. Então o cinema é uma ferramenta para nos mostrar para o mundo.

REZENDE: É, eu acho que é uma missão nossa, de certa forma. Tem muitos sul-matogrossenses que conhecem a Disney, mas não conhecem o Pantanal. Então eu acho que a gente precisa entrar numa cruzada, digamos assim, de mostrar o estado, criar um público, criar orgulho. O sul-matogrossense precisa se enxergar, se gostar, ter orgulho de si e também querer contar suas próprias histórias. Eu acho que na música a gente já tentou fazer isso em alguns ciclos - mas também, por estarmos muito próximos de São Paulo, a gente acaba sendo engolido pela cultura dos estados vizinhos. É difícil, cara, você conseguir criar e manter esse pique. 

O estado é muito novo, então acaba que a gente ajuda a criar alguns elementos, fortalecer, manter essa cultura viva e se enxergar nela. É um grande desafio nosso, assim como o Brasil todo tem esse grande desafio na questão do cinema. Existe um padrão Netflix agora que está dominando o cinema nacional, e que está matando a nossa arte, né? O padrão streaming. E os sul-matogrossenses passam por isso desde o começo, tem sido muito difícil a gente se entender como estado e como cultura própria devido a essas influências. Mas a gente tem que abraçar esse desafio, não tem como, porque a gente não saberia fazer de outro jeito, né? A gente é daqui, eu sou daqui, eu não sei como fazer um cinema que não é sul-mato-grossense. Por mais que um dia eu faça um filme de ficção científica, vai ter alguém tomando um tereré [bebida típica do estado, feita com erva-mate] lá.

SCHIFFER: Só para completar, sinto que as pessoas do Mato Grosso do Sul estão num processo de busca pela própria identidade, né? Sempre. Eu fiz jornalismo na faculdade, e sempre isso era tema das aulas, dos trabalhos. Quem somos nós enquanto sul-mato-grossenses? E o audiovisual também está um pouco nessa, faz parte dessa busca por respostas sobre identidade, sobre quem somos nós.

SILVA: A TV Educativa regional me ajudou muito a descobrir as coisas do nosso estado. E o filme que eu fiz, Enigmas no Rolê, conversa com a cultura periférica de maneira geral. A trilha sonora tem inspiração no funk, no hip hop. Não aparece ninguém tomando tereré. [Risos] Acho que existem universos dentro de universos, né? A gente tem a tendência de achar que temos uma cultura compartilhada, mas existem várias tribos também, né? Tem a tribo do samba, tem a tribo do hip hop, do funk. Eu circulo em alguns eventos noturnos da molecada, e eu vejo que são tribos mesmo.

Então, para mim, existe aquilo que é típico do local - regional, específico, pantaneiro -, mas a gente também é influenciado pelo mundo, pela internet, pela televisão, pelas culturas que cada família carrega. Sinto que o meu filme é meio fora da curva, nesse sentido. Por mais que eu admire e eu ache lindo um filme como o A Última Porteira, feito no Pantanal, eu não conseguiria fazer do jeito que o Rodrigo fez, com aquela honestidade, porque eu não vivi aquilo. A minha vivência é urbana, filho de mãe solo, sem uma família assim para me dar influência. É interessante isso, né? Porque a gente é local e universal ao mesmo tempo, é muito variante essa questão.

SCHIFFER: E que bom que a gente tem essas variações! Mato Grosso do Sul não é só o Pantanal. O Pantanal é um aspecto, e a música sertaneja… mas tem tudo isso que estava no seu filme também, Ulisver, que é Mato Grosso do Sul.

OMELETE: Queria que vocês falassem também sobre as questões práticas de fazer cinema aqui no Mato Grosso do Sul. É uma indústria incipiente, ainda? Como têm sido os últimos anos dentro do contexto da produção dos seus filmes?

SILVA: Eu peguei meio que a transição assim, entre os primeiros realizadores locais e esse boom que a gente tem visto agora. Só de ter um curso de audiovisual aqui no estado, termos tecnologia digital - a internet aumentou a quantidade de gente fazendo cinema.

SCHIFFER: Só para contextualizar, o curso de audiovisual na Universidade Federal aqui do estado é muito recente. A primeira turma se formou no ano passado. [A UFMS abriu oficialmente a faculdade de Audiovisual em 2019]

SILVA: Isso, durante muito tempo o cinema aqui no Mato Grosso do Sul foi feito por pessoas que dava pra contar nos dedos. E eu vi começar a surgir mais gente. Gente que consegue viabilizar projetos bem pequenininhos com recursos próprios, e gente que vai atrás de editais - do governo municipal, estadual. Ano a ano mais concorrências abrem, os artistas se inscrevem e conseguem esse dinheiro. Existe uma verba para o audiovisual, mas se a gente compara com o que está disponível em São Paulo, no Rio de Janeiro… é uma diferença absurda. A gente sempre trabalhou com pouco, e isso sempre causou dilemas. O criador fica entre o que quer fazer e o que é possível fazer. Muita gente se queixa do pouco acesso, muita gente não tem conhecimento sobre as leis de incentivo. 

Eu mesmo demorei a entender todas elas, é algo que todos nós ainda estamos aprendendo a lidar - e é custoso, para acessar o FSA [Fundo Setorial do Audiovisual] tem que ter CNPJ, microempresa, tem que estar cadastrado na Ancine [Agência Nacional do Cinema], tem que ter um corpo para poder disputar essas verbas. Mas eu vejo que hoje está mais difundido, as pessoas já têm mais noção. A Lei Paulo Gustavo e a Lei Aldir Blanc fizeram uma grande diferença, o Enigmas no Rolê saiu por conta delas. Então chegou na hora certa, tinha bastante gente pronta e com pilha para realizar alguma coisa. Quem tem um olhar profissional e vontade de fazer coisa boa soube aproveitar. Porque eu fico observando, tem uma galera que não sabe aproveitar, não está enxergando a oportunidade que está na porta. Mas essas leis, a gente não sabe também se vão continuar, a gente tem que subir novos degraus para viabilizar o futuro.

SCHIFFER: Na minha visão é assim: tem muita gente com ótimas ideias, tem gente que trabalha há muito tempo, mas que sempre tiveram que trabalhar ‘do jeito que dava’, entende? E agora está tendo um boom no audiovisual, muito por causa das leis de incentivo. Mas talvez o que falte aqui, para a gente conseguir usar essa oportunidade da melhor maneira possível, seja especialização. Ensinar para essa gente como fazer. Muita gente critica a Lei Paulo Gustavo, por exemplo, porque você dá uma grana na mão de alguém, mas você não explica como usar. Então talvez agora seja o momento da gente buscar, enquanto comunidade do audiovisual, se especializar para poder fazer trabalhos cada vez melhores. Trabalhou que já existem em outros estados aqui do Brasil, que já tem uma estrutura, já estão há mais anos se organizando.

REZENDE: É, eu confesso que não sei o que fazer nos próximos projetos. Eu fiz esse, me concentrei nesse, e uma coisa que eu acho muito difícil para mim é esse lance de buscar recurso. Então sempre vou precisar terceirizar, vou precisar procurar pessoas para me ajudar nessa produção executiva, na coisa da captação, porque não é minha praia, realmente. E a gente não tem essa formação, não é comum para a gente, temos pouquíssimos produtores executivos mesmo em Campo Grande - pessoas que são só especialistas em buscar recursos, em fazer essa parte do processo.

OMELETE: A realização do Bonito CineSUR, me parece, traz um holofote inédito para o Mato Grosso do Sul como pólo da indústria, exibe os filmes daqui, coloca no calendário. Já é o terceiro ano do festival - como vocês viram o efeito disso? Traz visibilidade, traz investimento?

SILVA: Eu acho que a maior vantagem é a visibilidade para as produções, para os profissionais, para os talentos locais que estão aparecendo nas obras. Viabilizar novas produções, não sei se é a questão. Mas o que realmente está rolando é a visibilidade para as produções locais. Mesmo o festival tendo só três anos, ele já ganhou um corpo - ele é bem divulgado, gera matérias em portais importantes. Então, a minha expectativa é que as produções que foram apresentadas aqui consigam uma distribuição interessante e abram portas para os profissionais daqui. Eu acho que o maior ganho é esse. 

E também a oportunidade da gente ter contato com essa galera, né? Trocar ideia com alguém que já dirigiu episódios de séries nos streamings, roteiristas, alguém de um site como o Omelete. Então para a gente é um p*ta privilégio estar aqui, interagindo - não precisei ir para Gramado para isso, ou para o Festival do Rio. A gente está tendo isso aqui, com o nosso filme na tela, durante cinco, seis, sete dias.

SCHIFFER: É incrível respirar cinema por uma semana, né?

SILVA: Sim! Debater, ouvir críticas, ser provocado, ter que lidar com a situação de fazer crítica ao trabalho do outro de um jeito que seja respeitoso e respeitado. É um aprendizado enorme. E é difícil, mas eu acho que a gente tende a amadurecer bastante por conta de eventos como esse.

SCHIFFER: A gente, enquanto realizador, está interessado em fazer coisas, e daí isso aqui é uma oportunidade de ouro - porque por mais que eu não saiba exatamente se o CineSUR está nos ajudando a produzir mais no estado, não sei também qual vai ser a repercussão disso a longo prazo. Pode ser que ter esse festival aqui no MS tenha vários efeitos no futuro que vão sim ajudar a gente a produzir mais. Mas, de qualquer forma, quem estiver interessado vai tirar disso aqui um conhecimento, contatos, pessoas para você trocar - gente que está aqui hoje com filmes grandes, ou como professores, que já passaram pelo que a gente está passando, de estar começando e não ter tanto apoio. Então está sendo uma super escola esse festival, e quem está interessado vai tirar muita coisa daqui.

REZENDE: Eu não acredito que o festival traz recursos para a gente, Não traz recurso financeiro para a nossa galera não - ainda. Mas é uma semente, uma semente que pode gerar algo que não entendemos ainda, mas que já motiva muita gente aqui. Inclusive, o filme do [Deivison] Pedrê [diretor do curta Tempestade Ocre, exibido no evento] foi produzido para o festival, com dinheiro da premiação do ano passado e com vontade de participar de novo do CineSUR. Ou seja, isso já mexe com a motivação do produtor local, o cara pensa: ‘Caramba, tem um prêmio legal aqui no meu estado, que eu tenho acesso”. Isso motiva a galera, motiva a produzir.

SCHIFFER: É isso, às vezes a gente acha que festival de cinema é uma coisa muito distante. A gente pensa que nunca vai produzir algo que vai chegar num evento assim. E aí, ter um festival aqui dentro do estado é motivador, porque parece finalmente que seu filme tem uma chance de ser assistido - você consegue visualizar isso acontecer.

Ulísver Silva é premiado por Jardim de Pedra (Diego Cardoso | Fotografando Bonito)
Ulísver Silva é premiado por Jardim de Pedra (Diego Cardoso | Fotografando Bonito)

REZENDE: E é o que todo mundo falou, também. Assistir a filmes de outros lugares te traz uma referência enorme. Faz você pensar que precisa melhorar nisso ou naquilo, porque você vê os caras voando em certos aspectos. Referência é tudo - ou talvez não seja tudo, mas ajuda muito.

OMELETE: Perfeito, gente. Queria deixar um espaço aqui para vocês falarem sobre os seus próximos projetos - o que está vindo por aí, o que talvez eu veja no próximo festival, ano que vem…

SCHIFFER: Bom, a gente tem outro curta-metragem no forninho, que também vai ser feito através de lei de incentivo. A gente já filmou, estamos na pós-produção, e por coincidência é uma história aqui de Bonito. Uma lenda daqui, a história de uma pessoa que existiu na cidade, que era considerada uma pessoa santa, que fazia milagres, e que tem seguidores até hoje. Para você ver como o Mato Grosso do Sul tem histórias incríveis - assim como teve o Padre Cícero, lá no Nordeste, tem vários outros personagens do nosso estado que ajudaram a moldar a nossa cultura, a nossa identidade. O curta se chama, provisoriamente, A Lenda do Sinhozinho de Bonito

E a gente também está com a intenção de continuar o filme da Glauce Rocha, fazer um longa-metragem, contar mais histórias dela. O que mais tem é história para contar da Glauce, né? Na nossa pesquisa a gente descobriu coisas incríveis da vida dela, mesmo tendo morrido com 41 anos. Não tem como deixar de fora todas essas histórias, então com certeza em algum momento va ter uma continuação disso.

REZENDE: Eu preciso ainda aprender como trabalhar o meu curta - porque eu fiz, mas não sei muito bem como correr atrás de distribuidora, não sei nem como me inscrever em festival direito. Então, eu preciso aprender direito como lidar com esse produto, porque é novo para mim. Eu já fiz direção de fotografia em várias produções, mas nunca tive algo meu, então não sei muito bem como fazer e agora. Preciso estudar sobre isso, preciso ver como distribuir o filme, como divulgar. 

Também vou finalizar uma série agora, que a gente começou a gravar, sobre a imigração negra no estado de Mato Grosso do Sul - chama Sementes Migrantes. Vou lançar um filme que eu dirigi em novembro, que chama A Verdade Não Existe. E acho que esse ano é isso. Daí ano que vem vou começar a pensar, ou repensar, ver se eu faço um longa do A Última Porteira, ou se já estou querendo escrever coisas novas também. Eu sei que quero começar a caminhar para o longa, assim. Acho que curta foi legal, é legal fazer curta, mas o caminho natural das coisas é o longa, que tem hora que a gente faz e pensa: ‘Não, mano, eu preciso de mais, mais respiros’. O curta não te dá essa possibilidade.

SCHIFFER: E esse festival dá um gás, viu? Dá um gás para trabalhar nesses projetos, mas também dá ideias novas. Você vê filmes, conversa com as pessoas, e sai com a cabeça borbulhando. Não faltam possibilidades.

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