O ator e diretor Justin Baldoni atualizou na última sexta (31) o seu processo de difamação contra a atriz Blake Lively, que o acusa de assédio sexual. O documento agora inclui entre os réus o ator Ryan Reynolds, marido de Lively, e o jornal The New York Times, que publicou a primeira reportagem sobre as acusações da atriz contra o seu colega do filme É Assim que Acaba.
Sobre Reynolds, Baldoni diz que o ator teria usado o personagem de Nicepool em Deadpool & Wolverine para ridicularizá-lo e praticar bullying contra ele. O filme do Marvel Studios foi lançado nos cinemas dias antes da estreia de É Assim que Acaba e inclui uma variante de Deadpool que usa coque samurai e tem uma personalidade que faz piada de homens héteros sensíveis a causas feministas.
No documento, o diretor de É Assim que Acaba declara que Nicepool é uma caricatura virulenta de um feminista "woke" e aponta a morte brutal do personagem pelas mãos de Ladypool, personagem que é dublada por Lively no filme. Ele também diz que as cenas com a variante foram feitas em janeiro de 2024, pouco antes de um encontro de Baldoni com o casal que ele descreve como uma cilada para forçá-lo a pedir desculpas à atriz.
"Nicepool foi pensado para ser um retrato transparente e gozador da percepção de Reynolds sobre Baldoni", o documento escreve. A defesa de Reynolds e Lively não se pronunciou sobre a nova acusação.
O processo de Baldoni também afirma que o New York Times teve acesso às queixas de Lively 11 dias antes da publicação da matéria, batizada "We Can Bury Anyone: Inside a Hollywood Smear Machine" e datada de 21 de dezembro. Com isso, o ator afirma que o jornal e a atriz colaboraram em uma campanha para prejudicar a sua carreira e imagem em Hollywood. Baldoni diz que o jornal trabalhava no material desde pelo menos 31 de outubro.
À revista Variety, a defesa do New York Times afirma que as acusações de Baldoni contam com incoerências baseadas em teorias encontradas na internet. O jornal também diz que os metadados usados no documento se baseiam em programas do Google, que em nada se relacionam com a plataforma de publicação do jornal.
Entenda o caso
No processo de Blake Lively, a atriz acusa Baldoni de mostrar a ela vídeos de mulheres nuas, discutir com ela o seu vício antigo em pornografia e falar repetidas vezes sobre a morte do pai e do peso da atriz sem ser solicitado. Ele também teria tentado adicionar mais cenas de sexo em É Assim que Acaba, incluindo sequências de sexo oral e que mostravam o rosto de Lively enquanto chegava ao orgasmo.
A atriz também afirma que Baldoni promoveu um ambiente de trabalho hostil e que Baldoni tentou destruir a sua imagem na imprensa. A situação teria acontecido após choques criativos sobre o marketing do filme, com a atriz querendo um tom mais positivo e Baldoni querendo um foco na questão da violência doméstica. O diretor nega as acusações.
Além de Lively e Baldoni, É Assim que Acaba conta com Jenny Slate (Parks and Recreation), Brandon Sklenar (Vice) Hasan Minhaj e Amy Morton no elenco. Os produtores executivos são os próprios Blake e Justin ao lado de Hoover, Steve Sarowitz, Andrew Calof e Andrea Ajemian.
O filme teve orçamento de US$ 25 milhões e fez mais de US$ 350 milhões nas bilheterias.
É Assim que Acaba está disponível na Max.