Blade | Novo rumor do MCU aponta para última salvação possível: Jordan Peele

O novo ano se aproxima, e 2026 promete ser um verdadeiro teste de força para o Marvel Studios. A volta dos Vingadores, agora com Robert Downey Jr. assumindo um papel de vilão e o retorno de Chris Evans ao MCU após Ultimato, deve marcar não só um dos grandes filmes do ano, mas também o início do encerramento da conturbada Saga do Multiverso.

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É nesse cenário que outro projeto ainda chama atenção, mesmo no limbo. Em 2026, completam-se sete anos desde o anúncio de Mahershala Ali como Blade, o caçador de vampiros da Marvel que, até agora, nunca viu a luz do dia… ou da noite. No entanto, no apagar das luzes de 2025, um novo rumor pode representar a última chance de salvação do filme: o possível envolvimento de Jordan Peele e sua produtora, a Monkeypaw, com a Marvel.

Um desenvolvimento problemático desde o início

Anunciado em 2019, o reboot de Blade virou um dos projetos mais problemáticos do MCU. Bassam Tariq (Fantasmas de Sugarland) foi o primeiro diretor ligado ao longa, mas deixou a produção em setembro de 2022, poucos meses antes do início das filmagens. Desde então, uma verdadeira dança das cadeiras tomou conta do projeto.

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Diversos roteiristas entraram e saíram, e o substituto na direção, Yann Demange (White Boy Rick), também acabou deixando o filme. Segundo relatos, o cineasta francês teria sido desligado após divergências criativas com o próprio Mahershala Ali. O elenco também sofreu baixas importantes: Delroy Lindo e Aaron Pierre abandonaram o projeto por conflitos de agenda. Hoje, além de Ali, Mia Goth é um dos poucos nomes ainda ligados ao filme, que Kevin Feige insiste em chamar de “prioridade”.

A abordagem engavetada — e o erro estratégico da Marvel

Durante anos, circularam rumores de que Blade teria uma abordagem de época, conectando vampiros à escravidão nos Estados Unidos e explorando temas raciais e históricos. Se essa ideia soa familiar, não é coincidência.

Em 2025, Pecadores, dirigido por Ryan Coogler, mostrou como essa mistura pode funcionar de forma poderosa. O cineasta de Pantera Negra provou mais uma vez que é possível unir cinema de gênero, comentário social e blockbuster, explorando opressão, identidade e resistência sem perder apelo popular.

Ao que tudo indica, a Marvel hesitou em seguir por esse caminho, enquanto a concorrência abraçou a proposta e venceu. Pecadores arrecadou mais de US$ 367 milhões nas bilheterias, mesmo com classificação indicativa mais alta, limitando o acesso do público jovem. Um recado é claro: o público está disposto a consumir histórias mais densas dentro do entretenimento pop.

Jordan Peele: a virada que Blade precisa?

É nesse contexto que o nome de Jordan Peele volta a circular com força nos bastidores da Marvel. O diretor de Corra!, Nós e Não! Não Olhe! já foi citado no passado como possível nome para o primeiro filme dos X-Men no MCU. Com esse projeto agora nas mãos de Jake Schreier (Thunderbolts*), Peele voltou ao radar do estúdio.

O detalhe que fortaleceu o rumor foi a reação da própria Monkeypaw, que repostou a informação nas redes sociais acompanhada de um emoji de olhos — aquele clássico “estamos de olho”. Nada confirmado, mas suficiente para acender o alerta entre fãs e analistas da indústria.

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A produtora tem no currículo títulos como Fúria Primitiva, A Lenda de Candyman, o oscarizado Infiltrado na Klan, de Spike Lee, além de séries como Lovecraft Country e A Caçada. Todas obras que combinam linguagem pop, horror, ação e comentários sociais afiados — exatamente o terreno onde Blade pode (e deve) prosperar.

Um novo MCU pede novos nomes

Se a Marvel realmente pretende iniciar uma nova era após Vingadores: Doutor Destino e Guerras Secretas, com foco nos X-Men e em dilemas mais sociais, Jordan Peele surge como um nome quase perfeito. Ele entende o cinema de gênero, domina o discurso político sem soar panfletário e ainda entrega espetáculo.

Mais do que isso, Peele prova que é possível equilibrar humor, tensão e entretenimento, algo que o MCU sempre buscou (e nem sempre acertou nos últimos anos), adicionando ainda a crítica social

Mesmo que tudo não passe de um rumor, não seria uma movimentação artística ou comercial absurda. O mercado mudou, a Marvel já não opera com as mesmas garantias de antes, e apostar em um diretor vencedor do Oscar e responsável por alguns dos filmes mais relevantes do século, pode mudar completamente o jogo.

Talvez, finalmente, Mahershala Ali possa vestir os óculos escuros e empunhar a espada do caçador de vampiros. Má notícia apenas para Wesley Snipes, que deixaria de ser o único Blade das telonas — mas por um preço justo a se pagar.