Que 2020 foi um ano incomum para o cinema não é nenhuma novidade. O fechamento de salas ao redor do globo afetou os principais estúdios de Hollywood, que se viram obrigados a adiar seus principais lançamentos para o ano ou se adaptar à realidade da pandemia, disponibilizando blockbusters em plataformas digitais. O impacto econômico dessas medidas foi tão grande que as bilheterias mundiais sofreram uma queda de 71% em relação a 2019, somando apenas US$ 12,4 bi, deacordo com uma reportagem publicada pelo Deadline.
A comparação, aliás, impressiona ainda mais quando se leva em conta, por exemplo, que a Disney fez, no total, US$ 1,26 bilhão, US$ 240 milhões a menos que o total arrecadado por Frozen 2 (US$ 1,5 bilhão), e menos da metade da bilheteria de Vingadores: Ultimato (US$ 2,798 bilhões).
Nesse cenário, o mercado internacional e as produções locais ganharam ainda mais relevância: 82% do total arrecadado veio de fora da América do Norte em 2020, contra 73% em 2019.
Nesse cenário, a soma das bilheterias mundiais dos seis maiores estúdios norte-americanos - Disney, Warner, Sony, Universal, Paramount e Lionsgate - tiveram uma queda de 81% quando comparadas com o ano anterior. Veja o ranking, considerando a bilheteria mundial total:
- Disney/Fox: US$ 1,26 bi
- Sony: US$ 1,18 bi
- Warner Bros.: US$ 1,08 bi
- Universal: US$ 1,03 bi
- Paramount: US$ 0,40 bi
- Lionsgate: US$ 0,19 bi
Para 2021, a previsão é que a indústria se mantenha em um ritmo abaixo da média no primeiro semestre. Além de um maior espaçamento entre os grandes lançamentos do ano, estúdios como Disney e Warner mantém a estratégia de levar títulos para seus respectivos serviços de streaming.