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Anna Muylaert defende regulamentação do streaming: "tsunami destrutivo"

Em entrevista ao Omelete, diretora comentou investimentos da Netflix e outros serviços

Omelete
4 min de leitura
MF
Anna Muylaert defende regulamentação do streaming: "tsunami destrutivo"

A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert (Que Horas Ela Volta) já está nos cinemas, depois de passar pelo Festival de Berlim, no início do ano. A diretora, vale lembrar, já tem uma história em Berlim. Em 2015, a cineasta conquistou o Prêmio do Público com o aclamado Que Horas Ela Volta?, drama estrelado por Regina Casé.

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Em seu novo filme, acompanhamos os sacrifícios emocionais e físicos que Gal faz para preservar a segurança e a inocência de seus filhos. Shirley Cruz Seu Jorge estrelam a produção ao lado de Rihanna BarbosaBenin Dailher e Luedji Luna, com participação de Katiuscia CanoroDexter Lourenço Martinelli.

A cineasta conversou com o Omelete e falou sobre o atual momento do cinema nacional e se mostrou favorável ao plano de regulamentação do streaming. "Eu acho que de 2016 para cá, a entrada da Netflix e similares é um tsunami extremamente destrutivo", afirmou a Muylaert. "Apesar de sim há dinheiro, mas há dinheiro como? Qual é a condição? Eu estive numa mesa da Ibermedia no Festival de Berlim deste ano, com produtores mexicanos espanhóis mais, argentinos, etc. Está todo mundo apavorado."

"Primeiro, a tal da regulamentação do streaming é necessária porque eles estão entrando como os portugueses entraram aqui: roubando tudo, pegando tudo. Eles te pagam, mas você não tem direito autoral, eles estão desvalorizando a figura do diretor e do criador assim. Não tem. Quem dirigiu Senna? Ninguém sabe, ninguém viu. Eles estão acabando isso no mundo inteiro. Estão é pasteurizando as histórias e pagam. É isso que a gente tá exigindo agora, que parte do lucro volte para a produção no local. Eles estão acabando com a cultura local do mundo inteiro. É muito grave o que está acontecendo."

A diretora afirmou que a regulamentação não é apenas fundamental para o Brasil, mas para que cada país do mundo possa manter sua cultura original, sua soberania cultural. "Eles estão acabando com isso e estão ganhando muito dinheiro e a gente não [...] é uma invasão com muitos aspectos muito nocivos. ", disse Muylaert, afirmando que a oscilação da quantidade de produções cria desemprego e burnout nas equipes envolvidas"Eu vi no ano que a gente filmou o Clube das Mulheres de Negócios, que foi 2022... Tinha uma quantidade de produção em São Paulo e de série que a gente quase não filmou porque não tinha câmera", contou. 

"Todos os atores estavam fazendo três coisas ao mesmo tempo e gerando burnout, gerando problemas e muita gente "Ah, eu tenho um sobrinho, não tem continuista? Espera aí, eu vou pegar meu sobrinho, vem cá." E atores ganhando mal. E e muita gente trabalhando sem experiência na área. E aí foi virando um burnout. Aí 2023 não deu certo, foram baixando. 2024 quase não tinha, aí as pessoas estão desesperadas, sem emprego".

Questionada se todos os streaming seguem o mesmo padrão da Netflix apontado por ela, a diretora afirmou que sim e que os serviços seguem padrões de direitos autorais próprios. "Não existe nem soberania do produtor.  Não existe mais criador, veja, você vê essa série Adolescência, que eu considero uma obra-prima, que é da Netflix, né? Mas, na verdade, esses caras vêm trabalhando juntos há anos, já fizeram longa em plano de sequência. E eles conseguiram fazer uma obra-prima, que também já não se fala mais", destacou Muylaert sobre a minissérie indicada ao Emmy 2025.

O filme estreou na 75ª edição do Festival de Berlim, e conquistou dois prêmios em festivais na França - La Fiesta Del Cine e CinéLatino Toulouse -, onde foi escolhido como melhor filme em voto popular. O filme também teve sua estreia nos Estados Unidos durante a 68ª edição do San Francisco International Film Festival, realizada em 19 de abril, ampliando sua visibilidade na corrida para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Internacional em 2026. 

A Melhor Mãe do Mundo já está em cartaz nos cinemas no Brasil. No país, a estreia do longa aconteceu na abertura da 29ª edição do CINE-PE. 

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